São 29 dias de dezembro e da minha janela o que se vê é um taciturno céu vespertino, já anunciando a chegada da noite. Parece cair uma chuva fina, mas a tal ponto que ainda tenho dúvidas se não é fruto da minha imaginação. Qualquer das duas hipóteses combina com a notícia que acabo de receber. O Rei do Futebol se foi.
Não uma notícia triste, porque não atribuo tal condição à partida de um de nós, que nada mais é que parte do ritual da vida. Vejo a morte como ocasião de revisarmos a vida e agradecer por tudo que foram para nós aqueles que ora se vão.
Nesse aspecto, Pelé, o atleta do século XX – e daí em diante passo a ser redundante –, se vai deixando como legado a percepção clara de que sua existência foi um grande presente. Um Pelé que se tornou patrimônio mundial, que alegrou plateias esportivas de todo o mundo.
Pelé foi, é e para sempre continuará sendo um daqueles símbolos de um Brasil que pode dar certo, que pode ser vitorioso, respeitado e admirado. O que mais precisaria ter feito por nós?
O menino da Vila merece todas as nossas homenagens. Eu presto esse curto, singelo e sincero tributo aquele que nos presenteou com encantamento e orgulho.
O atleta do século XX! Precisa dizer mais?