Depois de duas derrotas para o Volta Redonda, quem, sem o apego da paixão, poderia imaginar uma classificação tão fácil para a fase final do Carioca, com a aplicação de uma sonora goleada sobre o time da Cidade do Aço?
Imagino que tal se deu porque conseguimos nosso primeiro gol logo no início da partida, fazendo desmoronar a muralha defensiva do adversário.
Não é de hoje que temos dificuldades contra times que jogam fechados, saindo rápido no contra-ataque. Vide, recentemente, o próprio Voltaço e o Botafogo, times de menos investimento que nos impuseram derrotas. Algo que precisamos corrigir para o restante da temporada, já que é um ponto vulnerável de nossa equipe de que técnicos adversários poderão se aproveitar.
Obviamente, não é o caso do Flamengo, rival que enfrentaremos na final. Sua força está na elevada qualificação do elenco, e na forma de jogar: vem pra cima apoiado pela torcida. E é justamente por isso que, para nós, é, digamos assim, um adversário melhor de se enfrentar do que Volta Redonda ou Botafogo. Quem avança deixa espaços, e são por eles que o nosso trio ofensivo pode criar-lhes as maiores dificuldades. É assim que o Fluminense de Diniz se sente mais confortável.
No entanto, trata-se apenas de teoria. Tudo se resolve dentro de campo, onde a atenção permanente e a vontade de vencer farão a diferença. O que não se resolve dentro de campo é a mística e, quanto a esse quesito, a vantagem é nossa a largos passos.
Há um temor do outro lado, mas não pode haver soberba deste. Camisa contra camisa, a nossa impõe maior respeito, e os nossos sobrenaturais estão sempre mais presentes para resolver o que parece improvável. Deixemos, portanto, por conta deles se as coisas se complicarem dentro de campo. Contra o rubro-negro, dificilmente nos deixam na mão.