Em grandes organizações, aqueles que têm algum tipo de vinculação societária acabam tendo prioridade na aquisição de algum tipo de lançamento. Muitas vezes isso até acontece até na própria abertura de capital, onde aqueles que já estão associados ao capital ou funcionários têm prioridade na aquisição de novas ações.
A criação do chamado “sentimento de pertencimento” e da vinculação é uma forma de reter associados e parceiros de maneira contínua e criar fidelidade.
Quando os que são parceiros contínuos são tratados de maneira comum, na realidade não é construída uma relação e, muitas vezes, não é percebido o processo associativo como sendo uma vantagem.
Na área do futebol, o Fluminense utiliza basicamente o critério associativo como um mero benefício para obter compra de ingressos, o que já é um avanço, mas não consegue evoluir para outras ações de fidelização, já que, por exemplo, os descontos de associados para a compra de produtos normalmente não são operacionalizados ou são pífios.
Quanto às informações e lançamentos de novos produtos, como camisas, o torcedor tricolor é jogado ao limbo e em filas longas para a aquisição de itens que, a rigor, deveriam ter toda prioridade para aquisição e até ter um produto diferenciado, que poderia ser a marca ou a aposição de um tipo stickers sócio.
O lançamento da nova camisa grená que se avizinha é mais um bom exemplo, aliás assim como foi a cinza da comemoração dos 120 anos. O sócio tricolor acaba muitas vezes não tendo acesso e vendo na mão de “cambistas”, ou de algumas pessoas que mantém uma mera relação comercial com lojas ou até com alguns distribuidores, e que não contribuiu no dia a dia para ampliar o Programa de Sócio Torcedor.
Não seria nada impossível, ou com dificuldade, que sócios do Fluminense tivessem, em período pelo menos de uma semana de antecedência, a possibilidade de entrar e fazer reserva prévia de suas camisas e tamanhos, e também definir pontos de retirada de pelo menos duas camisas por cada sócio, até de maneira que o fabricante pudesse planejar a sua produção e montar um esquema de logística de distribuição, aliás não só no Rio, mas em diversos lugares do país e até no exterior.
A colocação desse processo de reserva de novos lançamentos para sócios, que poderia ser simples e até paga de maneira antecipada com cartão de crédito, daria um diferencial para sócios e que poderiam, inclusive nesse lançamento prévio, ter algum tipo de marca e seu selo colocado e até terem acesso antes da sua chegada no mercado normal, o que favoreceria cada vez mais essa relação de captação de sócios para o clube.
A forma amadora como é conduzido o marketing do Fluminense, perdendo grandes oportunidades de atrair novos sócios e manter os existentes e, aliás, até também perdendo receitas porque muitas dessas camisas são lançadas e há uma demanda muito maior do que oferta. Certamente com isso o Fluminense deve perder alguma coisa, talvez de receita, pois não há governança de como esses valores chegam ao clube, mas principalmente se perde espaço na questão da imagem, pois poderíamos ter cada vez mais as nossas camisas dispersas a imagem de todos na população e isso acaba sendo uma demonstração de força.
Me parece que, no lançamento dessa nova e bonita camisa grená, mais uma vez vai ser perdida a oportunidade, como as diversas outras que foram perdidas e que muitos sócios tradicionais de dezenas de anos sequer conseguiram ter acesso, ficando frustrados.
O talentoso tricolor Eng Wagner Victer sempre emitindo e divulgando palavras adequadas dos
Sócios do Fluminense.
Grande promotor das cores tricolores, entregou
num gesto de grande repercussão midiática, uma
camisa tricolor ao Príncipe Charles (England) hoje
Rei da Inglaterra. Foi um momento mágico com grande impacto de empatia com o povo britânico,
uma vez que o Príncipe ficou encantado com a
História do Fluminense devido toda sua origem e
fundação no ano de 1902, pelos ingleses.