Bato palmas para o administrador Peter Siemsen. Creio que se não fosse ele o eleito no ano de 2011, hoje viveríamos situação semelhante à do Botafogo, caminhando a passos largos para o caos administrativo e financeiro.
Graças ao saneamento das contas que foi iniciado no 1º ano de sua gestão, o clube hoje caminha para uma condição financeira melhor. As dificuldades ainda são enormes, devido a anos, décadas, de administrações irresponsáveis e que levaram o clube a um estado de calamidade financeira, administrativa e institucional.
Mas, por outro lado, a postura fraca do presidente na defesa da instituição Fluminense Football Club em algumas questões externas e internas, me incomoda muito.
Flamenguesa
Não preciso repetir aqui o esquartejamento que sofremos no final do ano passado e que repercute até hoje. Só o torcedor Tricolor sabe o que passou e tem passado nos últimos 11 meses.
Com o ressurgimento do caso flamenguesa, nosso presidente ganhou uma nova chance de fazer veemente defesa do clube do qual é o representante maior. Se no final de 2013 Peter manteve-se mudo, dessa vez deu apenas uma entrevista para uma rádio local. E, ainda assim, foi um depoimento muito contido, sem tocar nas reais feridas ainda abertas.
Muito pouco para defender a imagem de um clube que foi injustamente trucidado, queimado na fogueira, há 11 meses.
Premiação
Em questões internas nosso presidente também é vacilante.
Volto a citar o assunto da premiação dos jogadores, pois não consegui ainda digerir essa história.
Mais uma vez, Peter cedeu à pressão desse elenco contaminado que temos no clube e resolveu utilizar toda a cota que será recebida da CBF para pagar os bichos dos jogadores.
Apesar de todo o esforço feito por Peter nas questões financeiras, sabemos que nosso clube ainda é deficitário e que ainda depende da grana que a Unimed injeta.
É notório também que os próprios jogadores fizeram corpo mole em várias ocasiões durante o ano, o que foi decisivo para hoje o Fluminense não estar disputando o título e sequer estar na faixa de classificação para a Libertadores de 2015. É bom lembra a sacanagem que esse mesmo elenco fez em 2013 e que culminou com o nosso rebaixamento.
Acho que ninguém tem dúvida da culpa que têm os jogadores na vergonha histórica que a torcida sofreu ao perder de 5 a 2 em pleno Maracanã para o América/RN, que hoje está em 18º lugar na série B e que, portanto, está sendo rebaixado para a série C.
E qual a sanção do clube contra essas atitudes? Nenhuma, pelo contrário. Simplesmente o clube abre as pernas e dá mais dinheiro para os jogadores.
Vivemos hoje situação inusitada: corremos sério risco de não alcançarmos o atual e único objetivo do ano, a classificação para a Libertadores de 2015 e, ainda assim, toda a grana obtida pela posição final no Brasileiro ser transferida para os jogadores. Hoje seria esse o quadro: a 7ª colocação no Campeonato dá direito ao Fluminense de receber R$ 1 milhão. E, mesmo sem ter conquistado a vaga na Libertadores de 2015, essa grana seria integralmente repassada aos jogadores. Não é fantástico?!
Por essas e outras vemos jogadores pouco comprometidos em campo, jogador dando repetidas declarações de insatisfação à imprensa, jogador que se julga dono do clube a para de acompanhar o lance porque não recebeu uma bola, que coloca o dedo na cara do presidente, e por aí vai. Enfim, do ponto de vista disciplinar, nossa direção deixa muito a desejar.
Não me surpreenderia se passássemos a pagar bicho também para as derrotas e se jogadores que nitidamente sacanearam o clube durante esse ano, por causa de dinheiro, tivessem seus contratos renovados por mais 2 anos.
Nessas horas sinto muito falta de um presidente que dê porrada na hora em que uma ação mais forte se faz necessária.
Botafogo
O que esperar do jogo de amanhã?
Nas CNTP não tenho dúvida de que conseguiríamos 3 pontos. Mas o que não se pode esperar desse time atual do Fluminense é normalidade.
E a incômoda sequência de insucessos nos jogos contra o Botafogo? Para ficar somente nesse ano, em que o Botafogo vive um dos piores momentos de sua história dentro e fora das 4 linhas, nosso time foi engolido nas 2 vezes em que os clubes se encontraram: 3 a 0 no Carioca e 2 a 0 no 1º turno do Brasileiro.
Além dos confrontos diretos contra o Botafogo, outro ponto que incomoda muito é a perda de pontos para times da parte inferior da tabela. Esse péssimo hábito é coisa antiga, vem pelo menos desde 2011. Naquela oportunidade, por exemplo, deixamos de disputar o título ao perdemos em casa jogos para Atlético/MG e América/MG, quando ambos lutavam apenas pela permanência na 1ª divisão.
Nesse ano, em relação aos times mais ameaçados pelo rebaixamento, perdemos 5 pontos em 2 jogos para o Coritiba (15º colocado), 3 pontos em 1 jogo para a Chapecoense, 6 pontos em 2 jogos para o Vitória, 3 pontos em 1 jogo para o Botafogo e 3 pontos em 2 jogos para o Criciúma. Somente contra o Bahia ganhamos os 6 pontos disputados. Resumindo: obtivemos 10 pontos em 30 pontos disputados, ou, ínfimos 33,33%.
Nosso alijamento da disputa pelo título e a dificuldade em relação à conquista de uma vaga na Libertados de 2015 são facilmente explicados pelos números acima: 33,33% de aproveitamento contra os 6 últimos colocados do campeonato.
Portanto, para o Fluminense realmente não tem jogo fácil. E Amanhã não será diferente.
Se não ganharmos do Botafogo estaremos nos despedindo da disputa pelo G4.
Reforços
Por questão de contusão, estaremos reforçados com as ausências de Elivélton e Bruno. Aguardo ansioso a notícia de que eles não jogam mais pelo Fluminense, seja em 2014, 2015, 2016 e para o resto de suas vidas. O mesmo vale para o Diguinho.
Outra boa notícia, essa excelente, é a provável volta de Marlon.
Panorama Tricolor
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