Coritiba e Fluminense entraram no Couto Pereira debaixo de muita chuva. O campo apresentava grandes poças de água. Para os lugares de Chiquinho e Edson, suspensos, Cristóvão escalou Carlinhos e Diguinho.
O Coritiba não teve Alex, sua principal (e única) estrela, contundido. No entanto, em função do gramado, a ausência permitiu ao Coritiba praticar um jogo maios apropriado para as condições do gramado.
1º Tempo
Como previsto, o Coritiba começou com a marcação adiantada, muita movimentação, objetividade e explorando o lado esquerdo, em cima do Bruno. Também, muita bola aérea. O meio-campo tricolor não achava os jogadores adversários e não conseguia evitar que se aproximassem da área de Cavalieri.
Bruno errava na marcação e, também, no apoio. Élivelton, nervoso, falhava continuamente. Carlinhos assistia a tudo passivamente. Diguinho corria de um lado para outro; Jean, idem. Conca e Wagner não conseguiam organizar as jogadas. Dessa forma, Fred e Walter não participavam do jogo. A bola não entrava no campo do Coxa. A defesa, ao recuperá-la, despachava para frente. O Coritiba recuperava e voltava ao ataque. O gol esteve muito próximo de sair.
Aos 20’, Cristóvão, vendo a dificuldade do seu meio-campo, tirou Walter e colocou Cícero. Num primeiro momento, o panorama não se alterou: pelo lado do Coritiba, pressão; o Fluminense afastava o perigo com chutões.
Próximo aos 30’, o Coritiba distanciou suas linhas de defesa, meio-campo e ataque, permitindo ao Fluminense respirar e sair. Aos poucos, o goleiro Vanderlei começou a aparecer na tela da televisão. Uma, duas boas oportunidades pela esquerda com Cícero e Carlinhos. Na segunda, Fred, por desatenção, deixou de completar um lance em que a bola sobrou quase na pequena área. Aos 40’, Carlinhos, com um belo chute, obrigou Vanderlei a fazer ótima defesa. O Fluminense dominava o jogo. Aos 41’, Fabrício entrou no lugar de Elivélton, contundido.
Aos 45’, Carlinhos avançou pela esquerda, mas, ao chegar no campo do Coritiba, entregou a bola de presente. Contra-ataque nas costas do lateral do Fluminense: Joel foi lançado, Guilherme demorou a chegar e o camaronês colocou por cima de Cavalieri. 1 x 0.
2º Tempo
O Fluminense retornou aceso e procurando o empate. Logo aos 3’, Fred perdeu boa oportunidade. Vanderlei defendeu. O Fluminense tinha a posse de bola e o Coritiba recuou.
Até os 20’, como o Fluminense não conseguia articular uma jogada que possibilitasse a conclusão, o Coritiba foi se soltando e recuperando o controle do jogo. O Coxa avançava com poucos jogadores e se defendia com muitos. Sem chances de o Fluminense chegar por terra, a opção era por cima. Wagner e Conca procuravam as faltas laterais para investirem no cruzamento. No entanto, a zaga paranaense estava atenta.
Aos 28’, Kenedy foi para campo. Carlinhos saiu. Era a senha para pressionar e, assim, arrancar o empate. O tempo passava e nada de chegar ao gol de Vanderlei. Salvo uns bates-rebates dentro da área do Coritiba, não houve nenhuma grande oportunidade para o empate.
O segundo tempo foi muito improdutivo. O Coritiba optou pela postura defensiva e pelo contra-ataque para matar o jogo. Ao Fluminense faltou maior proximidade entre seus jogadores para chegar com mais consistência. Foram dezenas de cruzamentos inúteis. Fred ficou desaparecido em meio aos zagueiros adversários. Também, a inoperância dos laterais aumentou as dificuldades. A realidade é que, jogassem mais dois dias, o Fluminense não conseguiria chegar ao empate.
Para fechar a noite infeliz, a péssima atuação do árbitro Thiago Duarte Peixoto. Dentre seus inúmeros erros, destaco a não punição ao jogador do Coritiba que, criminosamente, tirou o Bruno de campo. Não tem equilíbrio emocional para conduzir uma partida tensa. E , ainda, se acha o diretor do reformatório. Postura patética.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Imagem: http://espn.uol.com.br