Evoluiu? Acho que sim. Mesmo com o resultado não contribuindo e, pior, com um gol no final, achei que o time do Luxemburgo mostrou alguns pontos positivos.

O primeiro fator que me chamou a atenção foi a proteção à frente da zaga com a entrada do Felipe. Formou-se um triângulo na intermediária do Fluminense. Edinho mais atrás. Às vezes, quase entre Gum e Leandro Euzébio. Jean e Felipe ficaram lado-a-lado. Esse posicionamento deixou o adversário mais longe do gol. À medida que esse desenho treinar mais, aquele clarão que expunha os zagueiros tende a acabar. Ainda com relação à nova configuração, a armação defensiva possibilita liberdade ao Igor Julião e ao Carlinhos, que podem avançar sem deixar grandes espaços às costas.

Percebi, também, maior posse de bola. A mesma dupla Jean-Felipe, que aumentou a consistência defensiva, ajudou a formar um cinturão na intermediária da Ponte Preta, unindo-se a Wagner, aos laterais e, ainda, com a participação de Rafael Sóbis. No entanto, Fred não conseguiu uma movimentação que lhe permitisse maior participação. Isso é questão de tempo, principalmente, porque o artilheiro é muito bom no pivô.

Foram percepções em muitos momentos do jogo. Talvez, seja só impressão, coincidência, mas acho que é evolução mesmo. Não é tão difícil orientar jogadores do nível do elenco do Fluminense para novas alternativas de jogo.

Por outro lado, Luxemburgo deve melhorar o desempenho nas jogadas de velocidade do adversário. Quase sempre, a zaga é batida. Ora porque os zagueiros marcam a bola, ora porque a recomposição ataque-defesa está falha, lenta e descompacta. Diferentemente do que acontecia em 2012.

Enfim, o estágio atual do time do Fluminense está mais próximo de uma melhora na produção neste campeonato do que de fracasso e luta contra fantasmas. Repito: uma vaga na Libertadores de 2014 salvará o ano. Título? Ainda não acredito.
OFF TOPIC

Os clássicos cariocas têm sido bons jogos. Domingo, Botafogo e Vasco foi bom de ver. O Botafogo é infinitamente melhor que o Vasco. No entanto, repetindo o que aconteceu contra o Flamengo, o alvinegro não matou o adversário quando tinha um volume de jogo absurdo. Não fosse aquele vacilo contra o rubro-negro, teria feito cabelo, barba e bigode contra os três rivais do estado.

Cruzeiro e Coritiba, no sábado, também foi um jogo muito movimentado. Uma correria desenfreada. Gols perdidos de lado-a-lado. Fábio, goleiro do Cruzeiro, está numa fase exuberante. Contra o Fluminense, já fez milagres. Isso contribui para que o Cruzeiro seja candidato ao título.

O Flamengo depenou o Galo aqui em Brasília. Estive lá. O trio Alecsandro, Rosinei e Luan envergonhou a torcida mineira no Mané Garrincha. Os atleticanos ficaram com saudades de Jô, Ronaldinho e Bernard.

Por falar em Bernard, é uma pena o menino-craque ir embora tão cedo. Sou fã do futebol de Bernard. Veloz, habilidoso, ousado. No entanto, o que mais me chama a atenção no seu futebol é a inteligência tática. Sabe usar o campo. Gosto muito de ver isso num jogador. Essa qualidade, aliás, foi um dos grandes diferenciais do nosso ídolo Romerito. Sabia, como poucos, posicionar-se, de tal forma que estava sempre desmarcado e pronto para puxar os contra-ataques.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: r7.com.br

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