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O primeiro turno do Brasileirão terminou com euforia para o país tricolor. O Flu fechou a primeira fase em terceiro lugar com 34 pontos, a um do Corinthians e a cinco do Palmeiras. Total de 29 gols pró, 20 contra. Dos melhores ataques do campeonato, setor defensivo estável, apesar da lateral esquerda e de Fábio. Dez vitórias, quatro empates e cinco derrotas.
Segundo turno, metade da tabela. Levando-se em conta apenas a performance desta fase, fica evidente que o Flu piorou: é o sexto lugar, com 17 pontos em 11 jogos. A distância para o Palmeiras fica em dez pontos. Tem a pior defesa entre os 13 primeiros colocados, ao ter sofrido 16 gols. No returno, o saldo caiu para apenas três gols. Cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas. Até aqui, é o time que mais perdeu no returno dentre os dez primeiros colocados.
Não é muito difícil entender a queda de produção. Depois de bela invencibilidade que encantou boa parte da nossa torcida – embora o Flu já tivesse defeitos visíveis -, veio a turbulência que acontece com vários times num certame longo. Contudo, o grande problema tricolor é que a mesma turbulência não é exatamente fabricada pelas atuações dos adversários, mas sim pelos próprios movimentos do Flu, passando por escalações e substituições consideradas extraterrestres.
A insistência/imposição/colocação de nomes como Fábio, Felipe Melo, Cris da Silva, CP, Wellington, Willian Bigode e Marrony está diretamente relacionada a vários insucessos tricolores na temporada. Custou caríssimo na eliminação na pré-Libertadores, na Sul-americana e Copa do Brasil, agora está custando caro no Brasileiro. Nesta semana, tomamos uma virada inacreditável do Atlético Goianiense, antepenúltimo colocado do campeonato, que fez 25% de seus gols no returno somente sobre o Fluminense.
Há duas enormes bobagens repetidas à exaustão por parte da torcida, que precisa tomar um chá de simancol.
A primeira: “Diniz insiste com esses jogadores por quê? Parece que não conhece futebol”. Uma sentença de franca ingenuidade: o treinador, por mais erros que possa estar cometendo, tem crédito, conhece muito futebol e foi um bom jogador. Só num esforço de profunda alienação, alguém pode imaginar que a insistência pelos nomes de sempre seja por critério exclusivamente técnico, ou gosto pessoal.
A segunda: “Estão fazendo politicagem com a derrota”. Neste caso, a alienação se junta à completa ignorância sobre os dados acima apresentados, facilmente entendidos com princípios de Matemática elementar. É aderir ao terraplanismo matemático, vestir um tradicional chapéu de cone e, para não passar ainda mais vergonha, pedir para c@g#r e dar o fora.
O Fluminense faz um bom campeonato como grande figurante. Nunca brigou de verdade pelo penta e, daqui por diante, seu único objetivo será a fase de grupos da Libertadores 2023 – o Palmeiras abriu 15 pontos de vantagem, faltando oito jogos para o fim. O Flu está a apenas dois pontos do primeiro rival fora do G4, e apenas a cinco do sétimo lugar, com 24 em disputa.
Os dados deixam claro que o Tricolor precisa reagir já neste domingo, para não começar a correr riscos de cair na pré-pré.
Os que veem neste perigo apenas a politização da crítica, deveriam ter mais apreço a um velho instrumento de aprendizado do cálculo, que hoje é fácil de se encontrar no Google: a boa, velha e infalível tabuada.