Obrigado, Assis.
Já contei aqui essa história e jamais imaginei repeti-la em tão pouco tempo por uma razão tão triste.
“Vem ver meu mengo ser campeão”.
Minha tia flamenguista, em sua casa, me chama para assistir ao final do jogo na TV. Era praxe abrir a transmissão para o Rio de Janeiro aos 45 do segundo tempo e mostrar os últimos minutos do jogo. Cheguei na frente da TV a ponto de ver Delei e sua mãozinha encolhida levantar a bola para a ponta direita. A bola chega no Assis. Lembro da sensação de incredulidade ao ver aquilo. Um “ih, que que é isso?”. E Assis entra, entra… bem, vocês sabem. Se prum vascaíno aquilo levou uma eternidade, eu imagino pra vocês. Só lamento não ter olhado pra minha tia. Eu não sei o que aconteceu depois. Eu não lembro.
É um dos meus momentos futebolísticos favoritos. Eterno na minha mente.
Um cara simpático pra cacete, com um sorriso de gente boa… Eu acredito que esteja agora no céu, jogando com Washington com Castilho no gol. Jamais será esquecido.
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Na noite anterior à vitória brasileira sobre a Colômbia, vi na internet e na TV reportagens sobre o treino secreto da seleção brasileira. Estas falavam que alguns jogadores do Brasil haviam treinado pênaltis preocupados com o dia seguinte. Cada jogador envolvido no treino efetuou, em média, três cobranças.
Devem estar de sacanagem. Todos devem. Comissão técnica, jogadores. Imprensa. Três repetições não são treino para rigorosamente nada. Diria até ser contraproducente, pois pior que a consciência de não ter treinado, é a ilusão de que um esforço insuficiente basta. Perto do que treinam os jogadores (sérios) de basquete e vôlei, dezenas, centenas de repetições, esse número é acintoso. Sujeitos que recebem verdadeiras fortunas para serem profissionais de futebol e que não treinam o lance mais básico e, por vezes, mais importante do futebol.
Mas a imprensa afirma que “fulano treinou pênaltis”. E convence a torcida de que houve realmente um treino. Então, o sujeito bate três pênaltis e você passa a acreditar que ele treinou e está preparado para bater pênaltis numa partida de quartas de final de uma Copa do Mundo.
Van Gaal, o técnico da Holanda, assombrou o mundo ao substituir o goleiro aos 14 minutos da prorrogação. Tim Krul, o goleiro posto em campo para pegar os pênaltis, pegou dois e resolveu o problema da Holanda contra a Costa Rica. Em entrevista pós jogo, ele falou que havia estudado os batedores da Costa Rica. Tinha, então, uma pista de como os costarriquenhos iriam bater os pênaltis.
Acontece que pênalti bem batido não tem defesa. Batido, por exemplo, na lateral da rede ou no ângulo, não há goleiro que chegue. Krul, de quase 2 metros, voou em todos os pênaltis que a Costa Rica bateu. Pegou os dois mal batidos. Ou seja, pode botar um mostro devorador de bolas no gol. Se o pênalti for bem batido, só restará ao goleiro pegar a bola na estopa.
Mas pra isso, é preciso treino. Treino. Treino.
E três bolas não vão resolver.
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Hoje, Brasil e Alemanha. Previsões? Nenhuma!
Botaram o vampirão mexicano pra apitar o jogo. Grande risco. Juiz fraco, mão nervosa. Ele tem apito marrom. Todo jogo que apita, tem cagada.
Dia de Dante e Luis Gustavo, os dois “alemães” do time. Vão jogar a vida contra a sua turma.
E dia de Fred. Hoje ele vai ser muito necessário para prender os beques alemães lá atrás.
Um palpite?
Pênaltis. Valha-me Deus…
De fato. Produz. Resultados negativos.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri