Vez de retribuir a visita aos nossos amigos de Belém do Pará para, no Mangueirão, jogar com o Paysandu, sócio em vencer o Boca Juniors em La Bombonera, temida e destacada dentre as Casas de Futebol do mundo, assim como nosso Maracanã e, por que não, o histórico Estádio das Laranjeiras, berço do esporte bretão aqui no Brasil.
A partida em si, com data máxima vênia, era apenas protocolar. Já havíamos encaminhado bem no Maracanã, há duas semanas, ao vencer por três a zero, mesmo placar do retorno. A distância entre as equipes hoje é um coliseu, um colosso, uma sauna.
A termal cidade abrigada no seio da Floresta (de chuva) Amazônica, nos deflagrou segredos e encantos, dos quais, gosto e muito; açaí, tucupi, tacacá, lundu, carimbó, siriá; vasta riqueza cultural e culinária que, por uma epopeia política, não foi uma das sedes da World Cup Brazil 2014. Pior para a Copa.
Em campo, a força máxima do lado tricolor, menos o décimo segundo jogador Marcelo que sequer viajou, uma pena, perdeu a Tijuca ou a Cerpa, deixou de mascar um jambu, saborear a maniçoba, passar no Ver-O-Peso e curtir um fim de tarde na Ilha de Marajó, na companhia de um filhote na brasa. Fica para as férias.
Nem bem começara a partida, Germán Cano abriu o placar, após receber passe em cobrança de falta dos pés de seu parceiro Jhon Arias, complicando de vez a situação da equipe celeste, pois o agregado ficou em quatro a zero, já de partida.
Keno, que estava se atrapalhando todo com a bola (também pudera, ‘ela é esférica demais’, bradou um torcedor por aí) acertou um chute de rara felicidade da entrada da área, colocando a bola no cantinho de Thiago Coelho, o goleiro, que nada pôde fazer.
As melhores chances do Paysandu residiram em jogadas erradas do Fluminense, especialmente de Felipe Melo. O torcedor menos atento não se engane, mesmo neste nível menor de jogo, ele perde os duelos, só tentando se impor na catimba e porrada.
No segundo tempo Diniz fez várias trocas, saíram Felipe Melo, Arias, Ganso, Samuel e Cano, entraram Manoel (enfim voltou), Pirani, John Kennedy, Guga e Isaac.
Dos pés de Isaque saiu o passe para que Jota Ká driblasse com amor e com vigor o zagueiro dentro da área e acertasse o ângulo superior esquerdo do arqueiro da equipe paraense, fechando o placar em três a zero ou seis a zero, juntando todos os gols.
Agora vamos até Fortaleza enfrentar o Leão do Pici, em duelo que em nada se assemelhará com este desta noite de terça. Muito pelo contrário, a expectativa é de uma partida memorável, sobretudo considerando o duelo de treinadores Vojvoda e Diniz, dois talentos jovens do nosso continente.
Agora podemos voltar a focar no Brasileirão e na Libertadores. Que venham as oitavas-de-finais da Copa do Brasil. Saberemos do nosso próximo adversário através de sorteio que será promovido pela CBF e seus parceiros de entretenimento.
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Serviço do jogo:
Paysandu 0 x 3 Fluminense
Copa do Brasil – terceira fase (volta)
Mangueirão, Belém-PA
Terça-feira, 20:00h (Brasília)
Árbitro: Edina Alves Batista
Cartões amarelos: Rodolfo Filemon, Edílson, Geovane, Mário Sérgio, Samuel Santos (Paysandu); Keno (Fluminense)
Gols: Cano 3’, Keno 43’ e John Kennedy 72’
Paysandu: Thiago Coelho; Edílson, Rodolfo Filemon, Genílson, Wanderson (Kelvi Gomes 46’) e Eltinho; João Vieira (Ricardinho 46’), Geovane (Samuel Santos 72’) e Fernando Gabriel (Igor Fernandes 72’); Luis Phelipe (Vicente 46’) e Mário Sérgio. Técnico: Márcio Fernandes. 5-3-2
Fluminense: Fábio; Samuel Xavier (Guga 59’), Nino, Felipe Melo (Manoel 46’) e Alexsander; André, Lima, Ganso (Gabriel Pirani 59’) e Jhon Arias (John Kennedy 59’); Keno e Germán Cano (Isaac 72’). Técnico: Fernando Diniz. 4-3-3