Durante anos, o Fluminense teve um dos maiores pontas-esquerdas do futebol brasileiro em seu tempo: Tato.
Sempre na segunda etapa, o Flu se dava ao luxo de trocá-lo por outra fera: Paulinho.
A geral ia ao delírio no Maracanã. O Tricolor vivia um carnaval de êxtase pelo lado esquerdo nos 90 minutos, atordoando os adversários. Leandro, um dos craques da época, chegou a ser expulso por causa dos dribles de Paulinho – fato raríssimo para o lateral e zagueiro rubro-negro.
Formado nas Laranjeiras, Paulinho foi campeão mundial de juniores em 1983. Embora não tivesse sido titular absoluto durante toda sua carreira pelo clube, ninguém reparava porque ao lado de nomes como Leomir e Renê, invariavelmente ele entrava em campo nas partidas.
Foi o autor do segundo gol contra o Vasco no triangular final do Carioca de 1984, garantindo o Fluminense na decisão daquele ano, vencida sobre o Flamengo com um golaço de cabeça de Assis. Mas seu gol inesquecível foi o da decisão de 1985 em cobrança de falta, decidindo o tricampeonato carioca a favor do Flu.
Quem o viu, sabe: foi um dos maiores pontas de seu tempo, nem sempre falado simplesmente porque o Brasil tinha dezenas e dezenas de grandes jogadores. Contudo, Paulinho é uma página eterna do Fluminense quando se trata da época de ouro dos anos 1980.
Nesta sexta, Paulo Roberto Ferreira Primo completa 59 anos. Merece todos os parabéns.