Se tem uma coisa de que não gosto é quando começam a fazer contas nas fases em que o Fluminense está em ascendência e tem pela frente uma sequência de adversários rotulados como “mais fáceis”. “Se ganharmos de A, de B e de C, fazemos nove pontos, aí pererê-pererá…”. Geralmente não dá certo. A torcida se empolga, enche o Maracanã, mas o Fluminense tropeça. É colocado, desnecessariamente, um ingrediente extra: a ansiedade. O adversário percebe e explora isso. O jogo contra o Goiás é mais um desses casos.
O Fluminense fez uma excelente partida em Curitiba. A vitória em si não surpreendeu, mas, sim, a forma como foi construída, principalmente, porque vinha de duas atuações irregulares. A torcida está animada e, certamente, irá em peso no domingo. O time tem que encarar como final e não ficar pensando em Coritiba e Botafogo, como se os três pontos já estivessem garantidos. Concentração total no Goiás, que, aliás, é um time arrumadinho e costuma pregar peças.
Depois é o depois. Gosto de pensar que o campeonato acaba no jogo seguinte. Ultrapassada a primeira barreira, pensa-se na segunda.
Dúvidas
Fred vai a campo? Valência continua? Quando Diguinho retornar, voltará para o time ou ficará no banco? O ataque titular será formado por Fred e Rafael Sóbis? Sairá o Wagner?
Uma coisa é certa: Fred vai entrar assim que ficar à disposição. Outra: Cícero deve ter liberdade quando a posse de bola for do Fluminense, pois é muito difícil marcá-lo e, também, alivia o Conca.
Assim, penso que o time ideal, do meio para frente, seria: Valência, Jean, Cícero, Conca, Rafael Sóbis e Fred. Olha o banco com Diguinho, Wagner e Walter!
Mas se Walter melhorar o aspecto físico pode atuar no lugar do Rafael Sóbis. Principalmente nos jogos cujo perfil seja de domínio territorial por parte do Fluminense. Tem visão de jogo e ótimo passe.
Certeza
Essa variedade de opções me dá a certeza de que o elenco do Fluminense é bom. Pelo menos, meio-campo e ataque. A defesa deu uma melhorada, mas, ainda, depende demais da proteção. O Valência está aí para isso mesmo. Vida longa ao colombiano.
Cristóvão poderia testar uma linha de três defensores quando o time tiver a posse de bola. Além dos dois zagueiros, Bruno poderia fazer o terceiro homem, pois tem dificuldades para apoiar. Rafael Sóbis, ou Walter, se encarregaria de ocupar o lado direito.
Mais uma vez: cuidado com o Goiás…
Panorama Tricolor
@Panoramatri @MauroJacome
Foto: papeisdeparedehd.
Mauro, faço minhas as suas palavras, dúvidas e convicções. Tenho um colega de trabalho que adora projeções matemáticas e outros que tiram conclusões de apenas 1 jogo. O Flu precisa ser mais o time que atuou contra o Atlético PR e com REGULARIDADE.
Um paradigma tem que ser afastado do nosso futebol, é o de que existem 11 titulares. Há que se estimular dentro dos clubes, e que seja o Fluminense o primeiro no RJ a faze-lo. O Cruzeiro já pratica isto. Sds Tricolores!
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