Às vezes uma coluna sai completamente diferente do previsto. Exatamente o caso desta.
Meu plano era falar desse chorume que infelizmente cerca o Fluminense, logo num ano em que ainda pode decolar para os títulos se não for administrado como um muquifo.
Um universo internauta marcado como para raios de deslumbrados abobalhados, estúpidos e invejosos, afora um monte de “ex-alguma coisa”, gabando-se do que ninguém se lembra – sempre descontadas as exceções justas e respeitosas. Noutros casos é um monte de ninguém mesmo.
Uma politicalha suja e fedorenta, recheada de gente decadente por todos os lados. O joguinho hipócrita do toma lá, dá cá, a panelinha dos puxa sacos, dos carguinhos de merda com gordos salários, das picaretagens descaradas que chegam a ponto de abalroar a escalação do próprio time.
“Jornalistas” tricolores semi analfabetos que posam como líderes de imprensa, incapazes de escrever uma redação de 20 linhas com alguma coesão e razoabilidade – tanto é que a maioria tem zero experiência em veículos de grande circulação ou, quando teve, foi efêmera. Salvo as exceções respeitáveis, uma verdadeira diarreia de fofoca travestida de informação.
Um castiçal de gambiarras contábeis capazes de corar qualquer pessoa séria – quem pode ser tão imbecil de enxergar progresso em dados ressalvados? A burrice e o mau caratismo agradece.
Com esse verdadeiro pacote de esgoto, não há como não reconhecer que, hoje, o clube certamente tem o gestor que merece. É o perfeito retrato disso tudo, mas deplorável quando se pensa em homens como Arnaldo Guinle, Marcos Carneiro de Mendonça, Francisco Horta, Manoel Schwartz e tantos outros, mesmo sem um mandato presidencial, caso de Celso Barros. Não há título mundial que torne o atual presidente superior a estes nomes.
Porém, depois de uma excelente conversa com Sérgio Vid, ídolo e dono de uma voz avassaladora do rock brasileiro, engatei outro grande papo com Edgard, nossa fera aqui da casa. Para completar, a excelente performance de Caju e Castanha na TV – artistas fantásticos, do povo e extremamente humildes – animou um pouco a madrugada gelada, que infelizmente levou pessoas a sofrer nas ruas – e pensar nisso é mais importante do que qualquer coisa sobre futebol. Pelo menos a música foi divertida demais, eles são demais.
Livros para ler, músicas para ouvir, conversas agradáveis. Tudo bem diferente do ambiente decadente, extremamente ignorante e pernóstico que prevalece na internet tricolor. O ambiente dos boçais e babacas que buscam espaço de auto promoção. É possível amar e acompanhar o Fluminense sem se misturar com essa verdadeira insalubridade mental que reina há anos em torno do clube, chegando a ponto de afastar veteranos das arquibancadas, enojados com o que constataram.
O Fluminense é tão grande que, mesmo com sua política imunda, com a gentalha que prolifera em seus debates e com a empáfia sem currículo dos patéticos caça likes, ainda é capaz de disputar e ganhar títulos, ainda que estes sejam raros nos últimos dez anos por conta do péssimo material humano de suas direções. E pode. Só que é difícil ver sucesso num modus operandi tão escroto, que mais parece voltado para construir fortunas pessoais e lobotomizar ingênuos do que fazer o clube andar rumo ao futuro.
Espero que uma vitória sobre o São Paulo ajude a melhorar as coisas. Se vier, teremos imbecis dizendo que está tudo bem, que é intriga da oposição. Os mesmos que enterram a própria cabeça nas derrotas.
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E quando o assunto é PANORAMA, sabe o que incomoda MUITA gente, até mesmo dentre os que falsamente se apresentam como amigos?
Nossa vitória pessoal.
Há onze anos escrevemos diariamente o cotidiano do clube com nossas próprias palavras, sem copy paste e sem erros grosseiros de redação.
São mais de 700 programas, 300 lives, 500 podcasts e 30 livros (sendo 9 grátis).
São mais de 150 pessoas que já passaram por nossa marca, incluindo os colegas de CANTINHO. Dentre eles, dezenas de mulheres porque o PANORAMA é o pioneiro das mesas femininas na internet tricolor e em dar espaço sério a cronistas mulheres.
Boa parte das personalidades tricolores nacionais já passou e passa por aqui. As relevantes, não as picocelebridades toscas.
Sites e blogs não apenas copiaram nosso estilo, como até mesmo a apresentação de seus cronistas em publicações.
Nunca entramos neste jogo boboca da “grande audiência”. Nosso propósito inicial era escrever um livro diário com milhares de páginas, mas vieram o rádio, o YouTube, as livre e tudo ficou maior. Somos um dos maiores produtores de conteúdo diário não apenas sobre o Fluminense, mas no futebol brasileiro.
Por isso, muita gente se incomoda. Para um dinheirista, o importante é ter dez vezes mais audiência, mas nossa prioridade é ter dez vezes mais qualidade. E temos muita, o que incomoda demais e chega a causar constrangedores silêncios de… recalque…
Contudo, apesar do mar de chorume que banha a internet tricolor, é importante dizer que há colegas tricolores admiráveis em atuação nos veículos, que muito empolgam o PANORAMA e o CANTINHO. Desde já peço desculpas se esquecer algum nome relevante. Quando se fala de combatividade, conteúdo e qualidade, alguns nomes são indispensáveis.
O trabalho do Rock Flu com Sérgio Duarte e Gustavo Valladares é um patrimônio do Fluminense e sem paralelo no futebol brasileiro – já teria sido incorporado ao clube, caso a política cultural tricolor fosse marcada pela vergonha na cara. Canais de opinião como os de Alexandre Vilella e Marcelo Jorand, assim como o Resenha 1902, são fundamentais para os debates tricolores. O trabalho jornalístico individual de Paulo Brito, também. Perfis de Twitter como Flu Verdade e Fluconomics são importantes e esclarecedores. Desnecessário falar da luta decenal de Antonio Gonzalez. Há outros, mas são esses que me vêm à memória imediata.
Por fim, é um orgulho poder interagir com tricolores do Brasil inteiro, que diariamente nos dão força para prosseguir. Agora, o mais legal de tudo é quando estamos no Maracanã ou outro estádio e alguém, em vez de chamar por Jácome, Edgard ou Horta, grita “Ô, PANORAMA”. Não é o site do Paulo Andel ou a página do Marcelo Diniz, mas um conceito de grupo, de equipe, o que é fantástico.
Vamos colocar um pouco de humor para fechar a crônica, levando verdadeiro ódio aos papagaios de pirata, picocelebridades e candidatos a superstars do esgoto em torno do Fluminense. Assim sendo…
É só para dizer que o único produtor de conteúdo da história do Fluminense em atividade que passou regularmente pelas TVs Brasil, Band, CNT, SBT, TV Escola, mais as rádios Globo, Tupi, MEC, Band News, Bradesco Esportes, NSC, Solar Brasil e Bandeirantes, além do Jornal do Brasil, do Lance!, do Extra e Correio da Manhã sou euzinho. E os outros que c@g@m regra no Twitter não foram porque nada têm a oferecer além de fofocas.
Bom final de semana aos amigos e ótimo aos recalcados. Tchau.
Obrigado pelo elogio acoplado ao meu nome!
Dispensa qualquer comentário. Foi extremamente cirúrgico nas colocações. Falta muito profissionalismo, eu diria, em toda mídia seja ela esportiva ou não. Vivemos uma enxurrada de troncos, revestidos de “pseudosubtitulos” que vão ficando atravessados pelo caminho. Parabéns ao verdadeiro trabalho de informação.