Foi em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na então sede da UNIFA (União de Futebol de Mesa Associado) a primeira vez que encontrei Andel e o próprio PANORAMA TRICOLOR.

Os textos de Paulo-Roberto sempre circularam na internet, no que eu já os lera, antes ainda de o PANORAMA existir de fato.

À época, eu que para o mundo internético sempre me considerei um ermitão, o máximo que participava era de grupos de e-mails trocados por áreas de interesses, e uma delas, óbvio, era o Fluminense, meu grande amor, graças a Deus sou Tricolor.

Ali na Vila Aliança, entre umas palhetadas, uma conversa ou outra, Andel falou do PANORAMA TRICOLOR, passei a ser leitor assíduo, mas como já mencionei, eu seguia um ermida da vida virtual, estava sempre mais presente nos contatos físicos por aí. Tanto que além do futebol de botão, já praticava o rugby, que além do Fluminense – eram minhas outras cachaças.

Só mesmo a pandemia covideira para me tirar do ostracismo internético, passando assim a criar contas em quase todos os aplicativos de dispersão social que estão por aí. Em uma dessas redes, a do passarinho azul, recebi de Paulo o convite para habitar a Casa da Literatura Tricolor, o PANORAMA, no que sem pestanejar, entendi como uma convocação.

Havia – e ainda há – tanto o que falar, escrever, divagar, supor, tanger e abstrair. Não pude deixar de lembrar daquele papo na UNIFA, um bom par de anos atrás. Como Andel me dissera, tinha de acontecer, tinha de ser assim, nada permanece inalterado até o fim.

Acabei de ler Antonio González com sua sabedoria e perspicácia: ‘são dez anos e não dez mil likes’. Um caminho, mais do que uma caminhada. Pilhas de colunas aos montes, dezenas de colaboradores e leitores. Mais do que isso, a certeza de ter uma casa que não se curva, se vende ou aluga seus pensamentos, ideias e opiniões. Que jamais teve – e certamente terá – outro propósito, senão o de defender e declamar, com todos os meios possíveis, o nosso FLUMINENSE FOOTBALL CLUB.

Vida Eterna ao PANORAMA TRICOLOR e VITÓRIA SEMPRE.