Resultado muito bom para o que foi o jogo
Seria o confronto dos dois Abéis, o Ferreira, treinador do Palmeiras, e o Braga, ex-treinador do Fluminense. Mas não aconteceu porque Diniz se tornou comandante do Tricolor há poucos dias.
O treinador tricolor mandou a campo uma escalação mais ofensiva e que buscaria ter a posse de bola para criar, com Nathan e Ganso no meio, sem Willian, sem Cristiano, mas com Wellington no lugar do suspenso André.
Porém o Palmeiras não permitiu que o Fluminense gostasse do jogo, sufocando as saídas de bola e retomando a posse dela a todo instante, empurrando o Tricolor contra a parede e negando espaços ao time de Diniz.
Tanto que no primeiro tempo, a única chance de marcar foi de uma jogada de escanteio, ensaiada, coisa que nem pude acreditar ser verdade, pois há meses não se via algo parecido por essas bandas. Ganso cobrou, rasteiro e forte, a bola passeou pela área saindo dela, Samuel Xavier fez um corta-luz deixando passar até Nathan, que chutou de pé direito para boa defesa do Weverton. No lance, embora tenha cobrado mais um escanteio, Paulo Henrique sentiu dores e precisou ser substituído pouco depois. Uma pena.
Embora tivesse fincado tenda no campo do Fluminense, o Palmeiras não conseguiu traduzir essa superioridade em chances reais de gol, apenas um pênalti reclamado por Rony, em um toque sofrido por Fábio atrasado em uma jogada, após bate-cabeça de Wellington e Nino, sem risadinha.
Na segunda etapa, o cenário continuava o mesmo. O Palmeiras com o controle territorial da partida mas sem faturar, o Fluminense tentava sair mas seguia cercado pelas doze. E nem assim conseguia acertar no milhar.
O Palmeiras veio para cima com tudo, e nessa toada, já com modificações, conseguiu chegar às vias de fato, após falta cobrada de pé trocado por Scarpa, do lado direito do campo. A bola velejou por toda a extensão da linha da pequena área até chegar aos pés de Dudu, que estufou o barbante. Sua posição gerou dúvidas se não estaria impedido, mas talvez tivesse um acórdão com o Supremo, com tudo.
Diniz, mais uma vez, promoveu mudanças na loucuragem, mas com alguma coragem. Caio Paulista entrou no lugar do lateral Samuel e Fred no de Nonato. Os dois participaram de uma retomada e contra-ataque em que Fred tocou para Caio Paulista conduzir até quase a linha de fundo pelo lado direito e então cruzou para encontrar Germán Cano, que pateou de pé direito até às redes. O empate veio coroar uma partida de provação para o Tricolor.
Depois do gol, o Fluminense até tentou, mas não foi feliz, e o Verdão seguiu tentando amadurecer sua vitória, que não aconteceu, encruou.
Olhando objetivamente, um empate muito bom por todo o contexto. Enfrentamos decerto a melhor e mais bem treinada equipe da América do Sul, saímos de um esperado capotamento com uma escoriação aqui, um tostão ali, mas de pé e a caminho do porvir.