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Tricolores de sangue grená, a última quinta-feira nos revitalizou profundamente, pois vencemos uma daquelas batalhas que realmente mexem com nossos brios. Time estrangeiro retrancado, jogo em casa por competição internacional, ataque contra defesa o jogo inteiro e, principalmente, três atacantes de saída. Sim, o esquema de Marcelo Oliveira contra o Defensor consistia num 4-2-1-3, com Airton e Jadson dando suporte aos zagueiros e laterais e Sornoza distribuindo as bolas para Pedro, Mateus Alessandro e Marcos Jr. Todavia, Jadson e Ayrton Lucas também apoiavam o ataque, o que aumentava o número de jogadores do meio pra frente para estonteantes seis jogadores. Se Gilberto estivesse em campo, seriam sete, já que Léo até tentou, mas não conseguiu ser efetivo. Porém, quando Everaldo entrou em campo, o Fluminense efetivamente passou a atacar com sete jogadores de linha. Apesar de os gols terem saído de jogadas de bola parada, estas só foram possíveis devido à pressão ofensiva exercida o jogo inteiro.
Que lições podemos tirar do placar justo, ainda que tardio, deste jogo pela Copa Sul-Americana? Bom, a primeira é que precisamos investir mais nesse esquema. Com o Gilberto no lugar do Léo, e talvez Everaldo ou Pablo Dyego no lugar de Mateus Alessandro (que não rendeu), o poder ofensivo do Fluminense cresce. Se mantivermos a marcação adiantada e trocarmos aqueles que mais se desgastarem, pode dar certo, principalmente se conseguirmos gols no primeiro tempo. É mais fácil administrar 2 a 0 no placar durante quarenta e cinco minutos que 0 a 0 durante noventa. A segunda é que pra ganhar os jogos precisamos atacar. Nossa postura covarde e preguiçosa contra o Ceará nos custou uma melhor classificação na tabela. Após esse jogo contra o Bahia, teremos uma pausa de oito dias sem jogos. Logo, terão tempo de descanso. Hora de se doar ao máximo para conquistar os três pontos e ficar bem na fita para a sequência do Brasileirão.
Embora eu esteja animado e otimista, o Bahia não é cachorro morto. Tem duas vitórias e três empates nas últimas cinco partidas (não perdem há seis jogos) pelo Brasileirão e enfiou 2 x 0 no Cerro do Uruguai pela Copa Sul-Americana. Tem jogadores bem interessantes, como Mena, Nino Paraíba, Edson (ex-Flu), Zé Rafael e Kayke. Já aprontaram algumas surpresas na competição, como a vitória sobre o Corinthians e a goleada sobre o Vasco, mas esses jogos foram em casa. Fora de casa, não venceram ainda e só empataram uma vez. Ou seja, acumulam cinco derrotas em seis partidas como visitante. Esse restrospecto é animador e sinaliza que precisamos partir pra cima, sem medo, sem temer nada, com ousadia. Com todo o respeito ao bicampeão brasileiro Bahia, o Fluminense é grande demais pra ter receio de ir com tudo pra cima dos baianos jogando em seus domínios.
Então, tricolor, compareça ao Maracanã às 19 horas deste domingo para acompanhar os nossos guerreiros, pois estão merecendo o seu apoio. Caso não possa estar lá, reúna-se aos amigos em frente à TV, seja no bar ou na sua casa, ou escute pelo radinho, acompanhe pela internet, mas não deixe de ficar na torcida, seja com seu cântico, com a sua energia positiva, suas unhas roídas e sua atenção focada em todas as emoções que mais uma partida do Fluminense nos reserva, pois nós somos a razão de nosso amado clube existir. Embora sejamos o tempo todo desvalorizados, desmoralizados, esquecidos em vários momentos pela gestão, pelo marketing, pela mídia e, pasmem, até por nós mesmos, que tendemos a valorizar mais os números que a paixão que demonstramos, não podemos esmorecer. Somos a alma, os jogadores são o corpo. E quando ambos estão em sintonia, o Fluminense é imbatível.
– Curtas:
– Gol olímpico antológico de Sornoza. Não dá pra atribuir à sorte um lance desses. Tem habilidade, tem qualidade. Basta conseguirmos extrair sempre o melhor dele, seja achando um esquema tático que o beneficie ou fazendo o possível para mantê-lo em forma e afiado. Que venham outros gols como esse.
– Digão, parente da família da minha esposa, é um camarada sensacional. Conheci-o enquanto ele ainda jogava no Fluminense, em sua primeira passagem. Hoje, com 30 anos, posso dizer sem medo de errar que se tornou um baita zagueiro. Não tem deixado a desejar e é o ponto alto da dupla com nosso velho Gum. Ótima surpresa e belo gol à là Xitão contra o Sampa.
– Timezinho enjoado esse do Defensor. Nunca vi algo assim na minha vida. Defenderam com 11, menos de 20% de posse de bola, zero finalizações ao nosso gol! Vieram pra jogar na covardia e levar um 0 a 0 pro Uruguai. Tomaram duas talagadas. E agora, que terão que correr atrás do resultado, possivelmente tomarão mais lá.
– Embora eu ache bem nada a ver a cor azul num terceiro uniforme do Flu, confesso que parece estar bem bonito. Se os modelos vazados forem reais, dará gosto ver essas camisas desfilarem pelos gramados do Brasil e do exterior.
– Se o Marcelo escalar um time ofensivo, acho que vamos enfiar o pé na jaca hoje. Flu 3 x 0 Bahia.
Panorama Tricolor
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