Ser derrotado por um rival histórico é sempre muito doloroso, deixa um gosto amargo na boca. Apesar do revés do último sábado não ter custado muito ao Fluminense em termos de objetivos na temporada, o Tricolor correu riscos desnecessários ao escalar todos os titulares que tinha à disposição.
A prioridade é a Libertadores, o duelo com o Internacional. E, por pouco, não perdemos Jhon Arias – o problema com o Cano não me assustou, pois percebi tratar-se de coisa sem gravidade. Até porque, após o lance, ele continuou jogando. Arias não, foi substituído e saiu de maca, com as mãos no rosto. Ainda bem que não foi nada grave e ele até já treinou com bola.
O adversário entrou para amarrar o jogo do Fluminense na porrada, na brutalidade. Teve méritos, mas em condições normais, com os dois times tendo o mesmo nível de interesse pelo jogo, jamais venceria. Possuem um time bem inferior ao nosso.
Os jogadores deles, insuflados pela torcida, cansada de ser sacaneada há quatro anos, com a corda no pescoço em termos de tabela, entravam nas jogadas com força excessiva. Perder o jogo já foi ruim; imaginem se tivéssemos perdido Arias e Cano para os jogos com o Inter?
Portanto, apesar do adversário não ser um rival local e não estar com a mesma dose de desespero, o Cruzeiro vai entrar igualmente a mil nesta quarta-feira, no Maracanã. Também não nos vencem há anos, estão ensaiando uma reação no Brasileiro e possuem, agora, um técnico que conhece bem o futebol carioca.
É claro que quero uma vitória nesta quarta-feira – até para esquecer a derrota de sábado. Mas não seria o caso de colocar em campo aquele mesmo time alternativo que empatou (e quase ganhou) do Athletico-PR em Curitiba? Dar mais rodagem aos bons valores que possuímos no elenco? Eu colocaria. Torço para que Fernando Diniz, desta vez, pense nisso também.