Os limites da incompetência (por Crys Bruno)

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Oi, pessoal.

Um clube pode até sobreviver se, em algum momento, seus dirigentes forem desonestos (algo, por sinal, deveras indesejável), mas o estrago feito por uma gestão incompetente é insuportável e talvez pior. Entenda-se por uma gestão que não entende de futebol.

Eis a impressão de que Peter Siemsen, Mário Bittencourt e Fernando de Simone parecem ter trocado uma subserviência ao lunatismo padrão Celso Barros por agentes e empresários de jogadores desabrigados de clubes.

O trio que comanda o futebol do Fluminense “poderia até ser desonesto”, como estabelece certa praxe no malfadado futebol brasileiro, mas não é o caso. Aqui falo de incompetência mesmo.

Com respeito ao esforço dos profissionais que mencionarei, pergunto: quem contrata Lucas Gomes, Giovanni, Guilherme Santos, João Filipe, Artur, Victor Oliveira e Ricardo Drubscky para o Fluminense não dá importância nenhuma à grandeza do clube.

Quando chegam Pierre, Antônio Carlos e Magno Alves, você está trazendo jogadores em fim de carreira, mas com história, para compor o elenco. Podem ser úteis num campeonato longo.

O que é isso que nós temos visto no Fluminense, senhor, doutor Peter Siemsen? Quem o senhor pensa que é para humilhar, desprezar e apequenar um clube da magnitude histórica do Fluminense?

Bem isse o tricolor Beto Sales, no Twitter: “Há muito MBA para pouca Avenida Brasil” aos dirigentes. Vou além: não há MBA nenhum sobre futebol nem Avenida Brasil, muito menos Maracanã suficiente aos senhores que comandam o clube.

Culpa de quem os elegeu. Culpa desculpável. Estamos aprendendo a votar…

Só não podemos deixar que o Fluminense seja tratado com pequenez.

Balcão de negócios e favorecimentos a empresários têm limites. Incompetência, também.


NÃO ENCAIXOU NEM VAI ENCAIXAR!

Oi, excelentíssimo, professor, “obnoxious” Ricardo Drubscky.

Chamo-me torcedora do Fluminense. Eu não tenho nenhum curso técnico nem profissional sobre futebol. Nunca li seu livro, mas acompanho o esporte desde meados dos anos oitenta e, diariamente, o Fluminense.

Assim, ouso crer que eu já tenha credenciais para pleitear auxiliá-lo tanto quanto o senhor tem para treinar meu clube.

Por isso, professor, devo dizer: esse 4-2-3-1 já deu errado com seu antecessor, ainda mais com um volante (Jean) de ala pela esquerda, um meia (Gerson) de ala pela direita e outro volante-volante (Edson) armando as jogadas.

Sem “obnoxious”, lembro-lhe que o lado do campo serve de desafogo, mas, para tal, um jogador, ou deve ter velocidade para jogar ali ou o espaço deve servir para o meia atacante se deslocar, sair da marcação, do bolo.

“O time não encaixou”. Claro, professor. O senhor que conhece as VÁRIAS táticas (posicionamentos), mas insiste numa só, não sabe analisar a característica dos melhores jogadores que tem, de modo a encaixá-los numa delas.

O que falta são as “argumentativas variantes cognitivas afirmativas” do seu conhecimento? Mude o posicionamento e essa escalação absurda.

Nem meu sobrinho de três anos posicionaria o Jean fixo na ponta esquerda. Nem queimaria o Gerson fixo na direita para marcar o lateral adversário. Ou jogaria o Vinícius, preso numa zona morta, no bolo, com Edson armando o jogo, desprotegendo a defesa e só Fred, um centroavante imóvel, de atacante.

Fixo, previsível, mal posicionado e escalado, vimos o time que o senhor treina há quase oito semanas ser humilhado pelo Atlético-MG. Um adversário cujo meio campo nos engoliu com só um volante (Rafael Carioca) e dois meias (Dátolo e Luan).

Por quê? Porque é com posse de bola que se quebra o ritmo do adversário, coloca-se, recoloca-se, constrói e faz seu jogo aparecer. Mas não se consegue a posse de bola com volantes e mais volantes e sim caras que saibam jogar, que temos no elenco.

Com seu posicionamento inaceitável, o senhor consegue a proeza de piorar o que já não estava lá essas coisas. Na prática, um amontoado de erros bizarros e estarrecedores.

Mas uma coisa é preciso ser dita: pior que o senhor, tratando o futebol como um laboratório de alquimia, só a cegueira e pequenez de quem o contratou.

Lamentável e revoltante.

TOQUE RÁPIDO

Os administradores de escritório de advocacia vão esperar mesmo o Fluminense entrar na zona de rebaixamento para melhorar a comissão técnica, como fizeram em 2013?

Que os cardíacos sejam poupados, porque incompetência tem limites.

Abraços,

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @CrysBrunoFlu

Imagem: uol/guis saint-martin

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5 Comments

  1. Leio diariamente as notícias do Flu e fiquei surpreso. Quem é Artur? Nem sabia que existia alguém com esse nome jogado lá. Deve ser mais um jogador do FFC. Francis Fred Clube. Minha revolta aumenta a cada dia, muito embora eu não me permita mais perder minhas noites de sono por causa de idiotas. Esses caras são ótimos para escrever blog, mas para comandar um clube de verdade eles são péssimos. Pior é depois ler no tal blog que eles não tem nada a ver com as coisas que o presidente faz. Como não?

  2. Perfeito, Crys
    Acreditei em dar chances profissionais aos fora das panelas. Mas…
    Concordo com tudo que vc falou, principalmente, quanto ao técnico.
    Quanto à essa questão da pequenez no tratamento do futebol tricolor, defendo essa tese, infelizmente, desde as primeiras palavras de Peter, em seu primeiro mandato. Não gostei na época, briguei muito…rs E, infelizmente, só se confirma… até defendia “as dividas”, mas com futebol de primeira na primeira divisão. Começou errado. Deu, no que…

  3. Show de bola Crys!
    Tudo que eu tinha a falar, já foi dito por voce.
    Pelo andar da carruagem, só nos resta rezar!
    Saudações Tricolores!

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