“Sem ovos não se faz uma omelete”.
A velha e batida frase, um clichê, utilizada no futebol veio à minha cabeça ao pensar no Brasileirão. Tem time que consegue, no máximo, fazer um ovinho frito. Outros, nem isso. Lógico, sofrerão todo o campeonato. Não falo só de Chapecoense, Criciúma, Figueirense. Incluo o Botafogo, o Flamengo, o Coritiba. Talvez, até o Santos.
Mas vamos ao Fluminense, que é quem interessa. Confirmando-se as tentativas de reforços (Henrique, Cícero, Wellington Nem), acredito que o Fluminense entra seriamente no páreo. Está mais do que provado que um elenco forte ganha título em campeonato de pontos corridos. Então, é fundamental ter opções para as várias posições. Um time deve ter uns 16 jogadores em condições para entrar e manter o padrão: além do goleiro, 3 laterais, 3 zagueiros, 6 de meio-campo e 3 atacantes. Os demais são para fechar a conta. No momento, vejo somente o Cruzeiro nessa situação e o Fluminense tentando chegar nela. O Internacional? Como sempre, uma incógnita.
Marlon, Henrique, Fabrício
O menino tem sido uma grata surpresa. Tem melhor colocação do que Elivélton e, principalmente, é bem mais tranquilo. Claro que ainda é cedo para estabelecermos um conceito, mas estou gostando do que já vi. Se o Henrique vier mesmo, acredito que surge na defesa uma qualidade superior à que havia desde o ano passado. O Fabrício é visto com muita desconfiança. Só arrisco uma opinião depois de vê-lo atuar algumas vezes.
Cícero
Caso o meia seja contratado, será ótimo. É muito versátil e sabe finalizar. Essas características ajudam, inclusive, o Conca, pois o adversário teria uma preocupação a mais. Jean, Neo-Diguinho, Valência, Conca, Wagner e Cícero dariam um ótimo cardápio para Cristóvão Borges.
Wellington Nem
A vinda do baixinho seria uma boa também. No entanto, acredito que precisaria de um tempinho a mais para se reajustar. Ao contrário de Cícero, está há tempos sem atuar. Fico imaginando as combinações: Nem-Fred; Nem-Walter; Sóbis-Fred; Sóbis-Walter…
Fred
Tenho visto algumas manifestações sobre uma possível saída do artilheiro. Muitas delas de que, com Walter, o Fluminense não precisa mais de Fred. Não concordo.
Primeiro, o nome dele pesa em campo. Ainda mais se tiver boa atuação no Mundial. Não fez um bom primeiro semestre. Voltava de uma grave lesão e ficou com a convocação na cabeça. Eu mesmo o critiquei por isso, mas depois entendi. Qualquer um na situação dele – titular da Seleção, Copa do Mundo, sequência de lesões – ficaria preocupado. E mais, está provado que, no fracasso do Carioca, o problema do Fluminense era mais o Renato Gaúcho do que os jogadores.
Outra questão é que Walter e Fred jogariam juntos tranquilamente. Fred centralizado e Walter saindo da área para trabalhar a bola, pois faz isso muito bem. Walter e Rafael Sóbis revezariam. O primeiro, quando o time precisar de mais poder ofensivo. O outro, que tem sido um leão em campo, quando a marcação tiver que ser reforçada.
Falta, agora, as especulações transformarem-se em realidade. Outro fator positivo é que, durante o recesso verde-e-amarelo, Cristóvão poderá aperfeiçoar o bom esquema tático implantado e ainda criar alternativas para explorar as diferentes características dos jogadores.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Revisão preliminar: Rosa Jácome
Imagem: eudonodecasa.blogspot.com.br