Desde sexta-feira, o Rio de Janeiro e o Brasil vivem mais intensamente o espírito olímpico. Não há como negar que as competições esportivas atrairão a atenção de todos nós, sobretudo quando equipes nacionais estiverem atuando. Por isso, como disse Levir Culpi, seria de bom alvitre que o campeonato brasileiro ficasse suspenso para que o torcedor pudesse se dedicar integralmente às Olimpíadas.
Mas não será assim. Nós, os amantes do futebol, teremos que dividir nossa torcida com os atletas da nossa seleção olímpica e não só com eles, mas também com os grandes nomes do esporte internacional que desfilarão seus talentos por aqui.
A maior competição esportiva mundial, realizada pela primeira vez no Brasil, e nossas autoridades não tiveram o bom senso de paralisar o campeonato, como acontece por ocasião da Copa do Mundo e outras competições futebolísticas internacionais de que a seleção brasileira faz parte.
Portanto, teremos que compartilhar nossas emoções, durante esses dias olímpicos, entre o Fluminense e os nossos atletas em busca de medalhas na Rio 2016.
E a primeira emoção veio logo no início: uma festa de abertura magnífica, ao mesmo tempo moderna, humana e inclusiva, que contou um pouco da nossa história, trouxe alguns dos maiores nomes da nossa música popular e teve uma equipe de voluntários aguerrida e muitíssimo bem treinada.
É claro que essa é uma avaliação da festa em si, da festa como festa, porque se formos levar em conta todo o dinheiro público desviado nas obras olímpicas e, mesmo todo o dinheiro que deixou de ser investido em serviços essenciais para que as Olimpíadas fossem realizadas no Brasil, teríamos muito mais motivos do que o nefasto E.I. para querer sabotá-la, não com bombas, mas com a nossa indiferença.
O grandioso espetáculo da abertura das Olimpíadas no Maracanã, nos remeteu, a todos nós tricolores, a outra grandiosa festa no ex-Maior do Mundo, o maior espetáculo que o estádio presenciou em toda a sua existência: a final da Libertadores de 2008. Não a vencemos, mas mostramos ao Brasil e à América a paixão da nossa torcida representada numa noite sem precedentes no futebol nacional.
E recordar o Flu na Libertadores é querê-lo novamente na maior competição das Américas. A história tricolor não pode suportar mais essa ausência, nem a ausência desse título na gloriosa sala de troféus das Laranjeiras. Teremos, portanto, todo o segundo turno do campeonato brasileiro para lutarmos por esse objetivo, um objetivo que precisa ser perseguido a todo custo.
Não custa sonhar com outra grandiosa final de Libertadores, dessa vez com um resultado feliz para a torcida tricolor, mas é preciso lutar por isso com todas as forças.
O planejamento equivocado para esta temporada tem sido um entrave, mas as recentes contratações são um alento para que sonhemos em alcançar esse objetivo.
O Fluminense e a Libertadores precisam se reencontrar o mais rapidamente possível. Que trilhemos esse caminho com foco e fé, irmanados direção, jogadores e torcedores nesse objetivo que é crucial para que possamos saltar da enormidade para a eternidade.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @FFleury
Imagem: f2