Olho sério no Maracanã (por Paulo-Roberto Andel)

Momento de atenção máxima e de plena lucidez, qualidades que nem sempre têm prevalecido no Fluminense dos últimos anos.

Com a retomada do Maracanã pelo Governo do Estado, este louco por alguma reabilitação de sua péssima imagem, clientelismo barato é algo que não pode ser descartado no assunto. E por trocentas vezes os dirigentes da Gávea já declararam a fanfarronice de querer o Maracanã para seu clube (enquanto parte Flu sonha com um elefante branco no cafundó do Judas).

Se a coisa é ruim com o Maracanã para uso, imaginem sem ele. Todo cuidado é pouco. Fala-se de prejuízo, real, mas é bom que se diga: há quantos anos temos gasto milhares de reais com aqueles currais psicodélicos para se conseguir chegar às roletas do Maracanã?

Na verdade sempre foi deficitário. O problema é que hoje carregamos uma dívida de seiscentos milhões nas costas, no mínimo um fardo pesado. É preciso renovar os conceitos e custos, sem conversa fiada engomadinha e sim com pragmatismo. E fazer cumprir as cláusulas contratuais do acordo de 35 anos entre Flu e Consórcio.

A reconquista da arquibancada no Maracanã mais a renovação das Laranjeiras constituem a única saída de resgate da torcida do Fluminense, esgarçada nos últimos dez anos por uma série de motivos muito conhecidos. A inércia nestas ocupações pode levar a uma derrota irrecuperável. E o Flu luta por ele mesmo: o Botafogo só joga lá obrigado, assim como o Vasco e sua encheção de saco por um lado que já morreu.

É uma preocupação de todos os tricolores, ao menos daqueles que priorizem o clube em vez de suas pessoalidades. Que a questão não seja subestimada de forma alguma.

Panorama Tricolor

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