Nos últimos tempos o Fluminense desenvolveu uma relação interessante com os times de Minas Gerais. Por exemplo, o América, que há muito tempo não consegue se equilibrar na primeira divisão, se tornou um tremendo terror para nós. Imbatível até nas categorias de base! Como se fosse a carta “A1”, mesmo quando somos o “Super Trunfo”. Como dizem por aí, “os entendedores entenderão”. O Atlético então, graças ao Brasileiro do ano passado e às fanfarronices do Cuca, se tornou praticamente uma nêmese.
Mas hoje é dia de encarar o atual líder Cruzeiro. E contra ele, como o Flu funciona? Aposto que você respondeu que os mineiros são nossos fregueses de carteirinha. É o que quase todo mundo pensa. Porém, fui dar uma procurada nas estatísticas do confronto e vi que a freguesia não é assim tão grande. Em campeonatos nacionais, desde 1960, foram 55 confrontos, com 15 empates, 18 vitórias do Cruzeiro e 22 vitórias do Fluminense. Ou seja, estamos mais para o equilíbrio do que para um grande domínio.
Porém, para quem gosta de coincidências, temos duas:
– Na estreia do Luxemburgo, nós estávamos em situação pior que a de hoje, mas vencemos por 1×0 no Maracanã. Hoje o “pofexô”, começa seu segundo turno tricolor.
– Em 2009, apesar de termos batido o Galo – opa! – anteriormente, a vitória de virada sobre o Cruzeiro, por 3×2 no Mineirão, se tornou o grande símbolo do início da arrancada histórica. À propósito, tem como trazer o Gum daquela época de volta?
Para o jogo de hoje eu vejo dois desesperos diferentes. O Cruzeiro, que apesar de não ter perdido muito da sua vantagem, não quer deixar a peteca cair; o Fluminense, que precisa ganhar antes que o Z4 vire uma realidade.
O desespero do Cruzeiro pode vir a ser uma vantagem para nós. Sim, corremos o risco de recebermos uma pressão maior que a nossa defesa pode suportar, o que, infelizmente, não é difícil. Porém, se o time conseguir se postar bem em campo e ficar atento à tática que o Luxemburgo deve propor, podemos pregar uma peça na Raposa.
Já o nosso desespero é impedir uma tragédia que possa impossibilitar uma boa reestruturação no time para 2014. Apesar de ainda torcer, eu não acredito mais em G4. Mas é fundamental não levarmos nenhum prejuízo para o ano que vem. Entendo que uma Sul-Americana deve ser muito bem-vinda. Trata-se de um título muito rentável e que, assim como a Copa do Brasil, vale vaga na Libertadores.
Ainda (ou mais uma vez) sofrendo as consequências de lesões, suspensões e convocações, o Fluminense levou os seguintes jogadores para Belo Horizonte:
Goleiros: Kléver e Felipe Garcia
Laterais: Bruno, Igor Julião e Aílton
Zagueiros: Gum, Leandro Euzébio, Anderson, Elivélton e Wellington Carvalho
Volantes: Edinho, Jean, Rafinha, Willian e Fábio
Meias: Wagner, Felipe e Eduardo
Atacantes: Rafael Sobis, Rhayner e Samuel
Agora, quem entra jogando, só o Luxa sabe. Além dos garantidos de sempre, eu apostaria no Aílton em campo desde o começo. Um empate não é de todo ruim, mas eu espero a vitória.
ST!
Nos acréscimos:
– Gostei muito de saber que o Luxemburgo pretende manter o Edinho como opção pra zaga. Quem sabe assim funciona?
– Marcos Júnior finalmente teria chance de mostrar que ainda pode “resolver”. Teria, se também não estivesse suspenso…
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @Rods_C
Foto: Bruno Haddad / Fluminense F.C.