A derrota para o Figueirense, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil, acendeu novamente o sinal de alerta quanto à capacidade técnica do treinador Odair Hellman para comandar o Fluminense.
Depois da eliminação precoce na Sul-americana, nem torcida nem direção desejam vivenciar, em tão curto período de tempo, frustração – e prejuízo – semelhantes.
Se vai bem no campeonato carioca, quando manda sempre suas partidas em casa e enfrenta times limitados, o Fluminense de Odair, fora de casa, tem sido oscilante. A eliminação na Sul-americana e a derrota para o time catarinense mostram que nosso treinador é mais do mesmo.
É fruto de uma geração de técnicos que montam suas estratégias de acordo com as conveniências de local, tabela, adversário, quando deveriam dar às suas equipes um padrão único, independentemente das circunstâncias que envolvem a partida.
Traduzindo em miúdos, Odair é o tipo de treinador – como tantos outros há pelo país afora – que se apega mais ao emprego do que ao risco de ver seu time jogar sempre da mesma forma, mesmo contra adversários mais fortes, fora de casa ou das circunstâncias da tabela da competição.
Frise-se que, embora tenha escalado a mesma equipe que vem se destacando no carioca, o desempenho contra o Figueirense foi pífio. E aí entra o psicológico do grupo, provavelmente indiretamente desestimulado a perseguir a vitória com maior afinco em virtude da existência partida de volta.
Situação típica que envolve técnicos que jogam com a tabela debaixo do braço, sem contar com os desejos e aspirações de um adversário que também pretende a classificação.
Por isso, mesmo escalando a mesma equipe, ficou visível que o time entrou em campo com o freio de mão puxado, e só correu mesmo quando o leite já estava derramado. A substituição de Marcos Paulo – independentemente do gol incrível desperdiçado – foi outra manobra de quem não desejava arriscar muito.
Se o empate não veio, perder de pouco não seria tão mau. Marcos Paulo é o melhor que temos, mesmo num dia ruim.
Mas Odair não é irrecuperável, e também tem suas virtudes. É jovem, portanto pode aprender, e tem escalado sempre o melhor que tem à disposição, não privilegiando nomes dentro do elenco.
Erra, mas tem de tudo para acertar. Só não pode falhar novamente no jogo de volta contra o Figueirense. Aí, será fatal para ele e terrível para nós.
Enquanto isso, que azeite definitivamente o time no jogo contra o Vasco, sem inseguranças e receios. Jogar para vencer. É simples.
Panorama Tricolor
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