Obrigado, PANORAMA (por Felipe Fleury)

felipe fleury green 2016

Hoje completo a centésima primeira coluna no Panorama Tricolor com um orgulho que não cabe dentro de mim. Escrever sobre o Fluminense já seria motivo suficiente de satisfação, mas escrever sobre o Fluminense num espaço tão democrático, cultural, crítico, visionário e eclético, cercado de algumas das mais distintas inteligências tricolores, é mais do que uma satisfação, é uma imensa honra.

Não imaginei, cem colunas atrás, após o convite feito pelo escritor Paulo-Roberto Andel, que hoje ainda estaria escrevendo com a efusividade da primeira vez, mas o amor pelo Fluminense tem dessas coisas, renova-se diariamente, cada vez com mais intensidade.

Mesmo após as inconsoláveis derrotas, mesmo nos dias menos inspirados, o Fluminense se reinventa como uma chama que enfraquece, mas nunca morre, tornando-se sempre a maior fonte de inspiração que se possa ter. Inspiração para se escrever, inspiração para se viver.

E se nos dias ruins o Fluminense é inspirador, imaginem vocês nos dias bons.

É por isso que a cada linha contada da história do Fluminense nesta Casa imagino-me fazendo parte dessa própria história, porque não há como dissociar o Panorama Tricolor – e sua excelência literária – da trajetória recente do Fluminense Football Club.

No Panorama, vê-se o Fluminense também sob outro viés, não aquele que se percebe apenas do aspecto literal de um texto, mas literariamente, metaforicamente, uma forma diferente e, acredito, pioneira, de se produzir conteúdo sobre um clube de futebol.

E não apenas isso. Também é um bastião da defesa democrática dentro e fora do clube e um guardião de seus interesses e os de sua torcida. Quem não se lembra de 2013?

Fica aqui, portanto, o meu agradecimento ao Panorama Tricolor por tudo o que representa para o Fluminense e para o futebol nacional e, sobretudo pela oportunidade que me foi dada de cerrar fileiras com tão dignos representantes da torcida tricolor na lida diária de levar o nosso amado clube, de uma forma diferenciada, a milhares de leitores.

Aproveito a oportunidade homenagear a causa primeira, a origem de tudo, com este singelo poema:

Obrigado, Fluminense

Amo-te em silêncio e efusivamente

penso-te diariamente

como quem pensa com a razão

e com o coração.

Sou grato à tua existência

porque se não existisses

eu seria menos eu

seria menos um pouco

de cada coisa que já fui.

Seria mais, certamente,

o insuportável fruto

de um destingido

e imprestável

destino.

Agradeço, também, às lembranças

proporcionadas em cores nítidas

em três cores bem vivas

embaciadas de pó-de-arroz

ao som de gritos de guerra

que fazem vibrar

até o mais estoico dos estoicos.

Obrigado, Fluminense,

pelos dias de luz e escuridão

porque todos, sem exceção,

foram dias de paixão

porque paixão não se entende

não se mede, não se aprende

sente-se inexoravelmente

sem razão.

Obrigado, Fluminense,

por esse inefável

e inconsumível desejo

de sentir-te sempre

pulsando em meu peito,

ainda que meu tempo se esgote

mesmo que a vida passe

mesmo num outro mundo,

obrigado por tudo,

Fluminense.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @FFleury

Imagem: f2

3 Comments

  1. Parabéns ao Panorama por nos presenciar com os textos do Fleury!

  2. Boa tarde Fleury,é tudo muito lógico pois temos o Cara certo,no Canal de Comunicação certo,explanando com propriedade e conhecimento sobre uma Paixão que nos move nos bons e mais momentos o Fluminense e deste Clube tu tens conhecimento bastante para nos enriquecer com Dias crônicas.Paragons Amigo.ST****

  3. Parabéns, Felipe.
    Parabéns, Panorama.
    Parabéns, Fluminense.

    A confluência de vocês é nosso lucro aqui na Torcida.

    Falta uma camisa do Panorama com o número com o qual hoje entraste em campo, caro Felipe.

    E nem sequer vou falar do poema porque aí… arrebentou!

    ST****

    (gosto sempre de ouvir lembrar o Estoicismo)

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