O turbulento voo tricolor (por Paulo-Roberto Andel)

Na roda viva do futebol, nem dá tempo para pensar: mal se classificou a duras penas na Copa do Brasil, o Fluminense joga neste sábado precisando vencer o Coritiba no Brasileirão, se possível poupando jogadores. Estamos em pleno voo, o avião tem problemas mas a estabilidade e autonomia da aeronave parecem intactas, pois.

As últimas atuações não foram boas, mas é preciso reconhecer a garra do Flu no segundo tempo diante do Fortaleza, além da precisa substituição com Martinelli no meio e André fazendo o, digamos, polivalente. Nisso, Diniz acertou em cheio. A rigor, só cometeu duas grandes besteiras: a primeira, colocando A Coisa no fim do jogo para tomar cartão e quase ser expulso; a segunda, na coletiva, dizendo que o time dominou o jogo todo.

Foi na garra, no suor, e por isso o Fluminense superou suas deficiências, conquistando a vaga para as semifinais. Agora encara o Corinthians. Briga de cachorros grandes, matar ou morrer. Vamos à luta.

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Momento engraçado: nas bancas de venda de copos do Flu, admiradores da atual gestão perguntavam se não ia ter, digamos, “copo do Mário”.

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Momento trash: idiotas se divertindo jogando chopes para cima com o único intuito de molhar os outros. Na Leste Inferior, muito mais presentes do que o número de assentos disponíveis.

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Se não houve a grande festa antes da partida, durante os 90 minutos a torcida tricolor apoiou e empurrou o time inteiro, fato inclusive mencionado por Diniz na coletiva pós-jogo. Portanto, todo jogador que não quiser fazer o papel de b@b@c@ ou idiota em campo deve se lembrar do seguinte: torcedor não xinga jogador que atua bem e/ou demonstra muita garra.

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Nino esteve muito mal, mas é um zagueiraço, tem enorme crédito e merece todo apoio. Estamos falando de um jovem de 25 anos, em sua quarta temporada, com mais de 170 partidas, que merece a vaga de sobra no elenco da Copa do Mundo no Catar.

Os que vociferam por sua barração, vinculada à titularidade de A Coisa como zagueiro, precisam de tratamento psiquiátrico urgente.

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O tempo não para, então o Flu já estará de volta ao campo no próximo sábado. Não se espera que Diniz faça grande poupança de titulares. A colocação do Coritiba não importa: o papel do Fluminense é o de mandante, propondo o jogo, acossando o adversário e buscando a vitória para se manter na briga pelo título.

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Independentemente do sorteio de mando de campo nesta sexta-feira, o Fluminense terá à frente um de seus adversários históricos pela semifinal da Copa do Brasil. É um jogo com muita história: 1952, 1975, 1976, 1984, 2009, 2010…

Já na semana que vem os corações vão bater mais forte.

Sem invencionices, dá pra passar. Dá. É fundamental.

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No próximo dia 30/08, terça, para desespero de meus seis haters – tadinhos… -, comemoro mais uma pequenina vitória. Lanço dois livros no mesmo dia, “Polaroides do futebol carioca”, em coautoria com Paulo Rocha (cronista desta casa) e “Maracanã, Íbis, esfiha, Fla x Flu e outras histórias” (solo).

“Polaroides” é a reunião de três garotos contando suas histórias de torcida nos anos 1970 e 1980. Não é um livro exclusivamente sobre o Fluminense, mas os três autores são tricolores e logicamente o Flu é protagonista da obra.

“Maracanã, Íbis…” é uma coletânea de crônicas minhas no maravilhoso Museu da Pelada dirigido por Sérgio Pugliese. Fala do futebol em geral, mas lá estão o Fla x Flu, Super Ézio, Rubens Galaxe, Zezé e outros símbolos tricolores.

Espero vocês por lá. Dia 30/08, terça-feira, às 18h. Todos os cartões e pix. Café e Bar Lamas: Marquês de Abrantes, 18A, a 200 metros do metrô Largo do Machado, o restaurante mais antigo do Brasil e com maior tradição literária.

Na ocasião, o craque Paulo Ricardo Paúl também estará conosco, lançando “O escândalo do Brasileirão 2013”, um clássico para se entender a famosa “Flamenguesa”. Livro imperdível.