O torcedor tricolor feito de bobo (por Leonardo Mais)

O mais chato da saída de Dodi é, para variar, a necessidade da direção atual em tratar o torcedor como bobo. Dizer que não foi possível fazer uma reposição com algum outro jogador para a posição, porque afinal ficara claro, apenas na última hora, que o jogador não seguiria, é prova intransferível de idiotice, talvez, da própria diretoria. Não queiram atribuí-la a mais ninguém.
Há muito estava claro que o jogador não ficaria. Como, aliás, tem sido a tônica com quase todo jogador que consegue algum brilho, ou brilhareco com a camisa tricolor, nesses últimos tempos. Nenhum fica.

E, agora como antes, o problema maior não é tanto o jogador sair do que a imprevisão quanto às alternativas. Quem joga? André? Yago? Yuri? Calegari? Mais uma vez, o técnico terá de fazer ‘experiências’ com o campeonato andando, em uma posição cuja vacância era certa.

Chegando ao fim o prazo de inscrição de novos jogadores, repetimos também outro erro de temporadas passadas, e deixamos de fazer aquelas contratações pontuais que permitiriam um fim de campeonato mais promissor. Lateral-direito e centroavante seguirão em falta no plantel.

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Seja como for, diante de mais uma diretoria que ao menos erra tanto quanto acerta, precisamos parar de acreditar que encontraremos um presidente ideal, salvador, que num passe de mágica transformará o clube por inteiro e o fará reviver todas as suas glórias passadas. Seguir nessa ideia é afundar na decadência.

Precisamos listar todas as nossas pendências mais cruciais (time, base, Laranjeiras, esportes olímpicos, estádio próprio/Maracanã, resgate e popularização da torcida, reestruturação financeira, patrocínio, reconfiguração do departamento jurídico etc etc) e traçar em relação a cada uma delas os projetos que serão tocados por uma frente ampla tricolor. O mais ampla possível, e não apenas de conselheiros ou sócios.

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Tivemos um péssimo começo de turno, pegando de cara dois adversários em franca ascensão, e sofremos mais uma vez com leituras erradas do Odair. Os dois jogos poderiam ter sido mais de ‘contenção’, e dois empates teriam ao menos barrado a ultrapassagem na tabela que sofremos pelos dois times.

Vem agora um ciclo de cinco jogos mais fáceis. A começar por um Inter em queda.
Jogo duro, duríssimo, voltaremos a ter na rodada 27, contra o São Paulo.

Mas com 11, 12 pontos até lá, chegaremos nesse jogo estando novamente no G4.

Não há porque diminuir a nossa torcida, nem insistir na corneta. O campeonato segue interessante para nós.

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Pagar 250 mil/mês ao Dodi pode ser até muito merecido na comparação, mas inflacionaria absurdamente a folha salarial. Quem aceitaria menos de 150 mil/mês, no elenco principal?

É apenas um lado do problema relacionar Dodi às contratações de jogadores duvidosos e muito caros. A história desses, porém, não se apaga, e Dodi ainda não tem nenhuma. Se aqueles outros, nesse sentido, não podem ser parâmetro, uma renovação aloprada com o jogador faria, em muito pouco tempo, triplicar ou quadruplicar a folha. Por aí, também não dá.

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Se não de fora, por que não de dentro? Já que Dodi não joga, por que não testar Calegari ou Martinelli por ali? E fazer novo rodízio na LD? Samuel caiu no Sub-20, mas por que não experimentá-lo nos 15, 20 minutos finais de um jogo vadio? E Miguel? Miguelou ou miguelaram?

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O mais curioso nesse estranho campeonato do Tricolor é que chegamos a quase 2/3 da tabela sem ter um time titular definido. Qual seria? Acho que nem Odair tem.

O meu agora seria o seguinte:
Muriel, Calegari, Nino, Luccas Claro e Danilo; Yuri, Yago, Araújo (Marcos Paulo) e Nenê; Luís Henrique e Fred.
Mas confesso que tenho dúvidas em pelo menos três posições… E vai ser assim até o fim.

O seu, qual é? Se sabe, por favor, escreva ao Odair. Ou deixe nos comentários da coluna.

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E o Pacheco, hein? Está de quarentena. Agora, oficial.

ST.

Panorama Tricolor

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