Amigos, amigas, a grande verdade que pudemos perceber no Fla-Flu de sábado é que o time do Fluminense esfarelou. Tivemos uma queda acentuada em todos os fundamentos do modelo de jogo do Diniz.
Nossa saída de bola não é mais a mesma, nossa transição não funciona e, consequentemente, nosso ataque praticamente não existe. É bem verdade que temos que levar em conta que jogamos depois de uma viagem desgastante para atuar num campo pesado e o Flamengo tirou vantagem disso.
É impressionante como o Fluminense sempre é prejudicado nas decisões tomadas pelas federações. Fla-Flu no sábado, Fluminense e Luverdense na terça. É quase uma piada de mal gosto.
Apesar disso, não podemos atribuir a má atuação, em que pese não termos sido derrotados, somente a tais circunstâncias nebulosas. O Fluminense vem perdendo performance há muito tempo. O time, inclusive, parece estressado em campo, incapaz de executar o modelo de jogo proposto por Diniz.
Não quero dizer, com isso, que o modelo de jogo tem que ser repensado, mas o time. Chama atenção que Diniz tenha Luiz Fernando no elenco e opte por Dodi, deslocando Caio Henrique para a lateral-esquerda, quando temos Marlon. Se o Marlon é lateral-esquerdo e precisamos improvisar Caio Henrique e até Ezequiel na posição, então precisamos urgentemente contratar outro lateral-esquerdo para se o reserva de Mascarenhas.
O Flamengo conseguiu ter imposição física no meio de campo durante 90 minutos. Não fez uma exibição de gala, mas mereceu a classificação. Será campeão do Flamengão, não tenho a menor dúvida. Dessa vez, reconheçamos, com todos os méritos. Tem o melhor time e fez a melhor campanha. Ponto final, porque a nossa briga agora é outra.
Digão e Aírton fazem muita falta. São dois jogadores que participam bem da saída de bola e conseguem impor-se fisicamente. O problema é que Digão ainda demora para voltar, enquanto Aírton é clinicamente problemático. É preciso ter um substituto consistente, que seria Luiz Fernando ou Caio Henrique. O primeiro, não joga, o segundo virou dublê de lateral. Estranho que Zé Ricardo não tenha oportunidades, pois é um meia de qualidade, que chega bem ao ataque e tem visão de jogo.
Ficamos com a impressão de que temos um elenco mais limitado do que de fato é. Até entendo que Diniz queira entrosar sua formação principal, encorpar a ideia que tem na cabeça, mas o efeito, o provam os fatos, tem sido o inverso. Cada vez mais o Fluminense perde as valências táticas e individuais, porque, como reclamou o próprio Diniz, são muitos desfalques. No sábado, se formos olhar para o time principal, não tínhamos Digão, Aírton, Mascarenhas e Paulo Henrique Ganso. Assim, meus caros, minhas caras, não vamos entrosar time nenhum.
A partir do dia 28 de abril, teremos uma rotina cruel. Tem jogo para todo lado. Com essa visão que o Diniz tem do elenco, vamos passar mal. Ele vai precisar rodar o plantel, contar com mais gente. Por outro lado, eu vejo o Fluminense chegando ao dia 28 de abril em condições de obter uma grande arrancada no Campeonato Brasileiro e brigar lá em cima. Se vai ser campeão, aí é outra conversa.
Teremos Pedro, Ganso, Aírton, Mascarenhas e, talvez, Digão. É um outro time, uma outra realidade. Fora das finais do Flamengão, Diniz terá tempo para arrumar o time, treinar fundamentos e dar consistência à sua ideia de jogo, o que só será possível com a escolha eficiente das peças titulares e de reposição.
Espero voltar a ter aquela sensação boa de expectativa pelo dia do jogo. Espero voltar a ver aquele time envolvente, intenso, dono da bola e ofensivo. É possível, mas a lição está dada. Se não rodar o time, não dou dois meses para a barca voltar à trajetória errante. Em outras palavras, por duro que seja, temos que priorizar uma ou duas competições. Temos que formar dois times e temos elenco para isso.
Quando eu falo isso, o pessoal acha que é para descansar os jogadores. Não é para descansar, é para eles terem tempo para treinar.
Repito: precisamos de um lateral-esquerdo ou uma mudança no esquema tático. Já sugeri jogar com uma linha de quatro defensores, com dois volantes e dois zagueiros, trazendo o Everaldo para jogar de ala e fazendo o mesmo com o Gilberto. Inclusive, o Everaldo, que tem ótima capacidade de proteger a bola e quebrar a marcação, seria muito útil fazendo parte da transição ofensiva.
Meu time, aliás, com todo mundo em condições de jogo, seria: Rodolfo; Matheus Ferraz, Digão e Aírton; Caio Henrique; Gilberto, Daniel, Ganso e Everaldo; Pedro e Luciano (Yony González).
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Sobre o caso Maracanã, ainda estou tentando apurar e entender as condições da parceria entre Fluminense e Flamengo. O que posso adiantar é que, sim, é possível transformar essa parceria num negócio lucrativo. Resta saber como fica a participação das partes nas despesas e nas receitas.
Fica a promessa de um estudo mais consistente do caso e uma análise futura.
Saudações Tricolores!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade
Marcelo, nesse seu time ideal, você pode tirar Pedro e Everaldo, provavelmente não ficarão no Flu. Talvez o Pedro dure até o fim do ano, por falta de tempo para ganhar ritmo de jogo, mas não estará no Flu em 2020. O Everaldo já está com a cabeça fora do Flu.