O tic tac da Espanha (por Zeh Augusto Catalano)

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E a Espanha desfila a sua eficiência em nossos gramados. Bolinha pra lá, bolinha pra cá, bolinha pra lá bolinha pra cá… De repente, depois de muito rodar, uma triangulação vertical ou um passe em profundidade pra um dos atacantes (Pedro, Iniesta, Soldado ou o lateral esquerdo, Alba, entrando sempre em diagonal). Ai de quem resolve marcar essa roda de bobo homem a homem. Buracos se abrirão e por ali sairão os gols que o liquidarão.

Mas como é chata essa seleção espanhola! O que é efetivo em campo se torna monótono de ser visto, pois são horas de passes improdutivos, prum lado e pro outro, até que surja a oportunidade de algo mais contundente. Como disse ontem um amigo, parece que o objetivo é encher o saco do adversário, que não aguenta mais tanta bolinha e cansa de correr atrás, deixando os espaços que a Fúria procura. Acho que o brasileiro gosta mais de ver o Taiti, saco de pancadas que produz um mar de gols, sempre uma pelada divertida.

E como ganhar da chatura? Acho que marcando por zona. Apareça quem aparecer no seu setor, este é o espanhol a ser marcado. A ruína é fazer cada um correr atrás do seu. Se isso for feito, aquele mar de baixinhos, com preparo físico pra correr os 90 minutos, vai provocar um nó em campo, além de exaurir fisicamente o oponente. Imagina ficar correndo atrás de um Iniesta?

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O Uruguai. Um dos adversários históricos do Brasil, que, por pior fase em que esteja, sempre provoca calafrios em seleções Brasileiras. Eu torço duplamente para que ganhemos. O Brasil precisa encarar essa Espanha na final. Perder ou ganhar não é o importante. Sim conhecer, bater de frente com o que de melhor desfila hoje no mundo para sabermos em que patamar realmente estamos.

Ok, batemos numa Itália desfalcada do seu melhor, num dia em que o seu monstruoso goleiro cometeu duas falhas num único jogo. Fomos bem, mas não dá pra dar a medida de como será contra a toda poderosa Fúria.

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Decepção a Nigéria. Campeã da África, disputando eliminatórias pro Brasil, não mostrou absolutamente nada de interessante. Um bando.

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A camisa do Brasil ainda causa medo nos adversários. A atuação do Japão em Brasília beirou o patético. Dias depois, contra a Itália, era outro time. Perdeu de 4 a 3, mas poderia ter tido sorte muito melhor no jogo, tão boa foi a atuação. Apagaram a impressão de que a seleção japonesa Kagawa para a competição. (infâmia!)

Zeh Augusto Catalano

Panorama Tricolor

@PanoramaTri