O temor do amigo (da Redação)

Amigo deste PANORAMA, em contato recente, alertava semana passada para o temor de que o Fluminense despencasse como em 2013 no campeonato brasileiro.

E então veio uma boa vitória sobre o São Paulo no Morumbi, capaz de acalmar ânimos mas ainda mantendo a incógnita: será o Tricolor capaz de manter a regularidade daqui por diante e confirmar vaga na Libertadores?

Os mais afoitos, apaixonados e deixando a tabuada de lado, já viram nos 3 x 1 do Morumbi o caminho do penta.

Os mais sóbrios preferiram ver uma noite de brilho num time de talentos, mas envelhecido e incapaz do voo rumo ao topo, até pelas circunstâncias atuais (renovação do time, a possível perda da investidora Unimed).

Claro que foi bom curtir uma boa vitória no sábado à noite, ainda mais sobre uma grande equipe. Mas isso não sustenta que o Fluminense faça um novo fim de 2009 – naquela ocasião, o time venceu 10 dos 13 jogos finais e calou os idiotas da objetividade. Eram outros tempos, de jovens voando baixo como Mariano, Alan e Maicon, mais Fred – então perto do apogeu físico e técnico – e Conca (este, o mesmo de sempre). Hoje, restam 12 jogos, a posição do Flu é muito melhor, mas é difícil pensar em 10 vitórias.

G4 dá? Sim, há tempo, mas somente a regularidade vai dizer. Eis a grande questão. Fechada a rodada de hoje, o Flu tem 40 pontos em 25 jogos, média de 1,60. Expandindo a campanha atual em projeção, ficaria em 60 pontos. É pouco para se garantir. E para chegar aos mesmos 60, precisaria vencer a quase metade dos jogos restantes. O que nos resta é torcer muito, além de superar a média atual.

Sobre renovação nas Laranjeiras, o amigo reitera: sem a patrocinadora atual, na verdade investidora, o Fluminense correrá futuramente os mesmos riscos de times que outrora tiveram patrocínios fortes e hoje sucumbem, casos do São Caetano (hoje prestes à série D) e Juventude (que chegou à D).

Sem sombra de dúvidas, todo cuidado é pouco nessa hora. Entretanto, com todo respeito ao vice-campeão da Libertadores de 2002 e do campeão da Copa do Brasil de 2007, a diferença destes para o Fluminense é definida em poucas palavras: história, conquistas e tamanho de torcida. Talvez elas não digam tudo, mas ajudam a compreender o essencial.

O melhor plano de saúde é viver. E a vida exige atitude, inteligência e cooperação. Em suma, união e associação.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: o dia