O Santa está de parabéns, mas quase caímos para o apito inimigo (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, não é que o Fluminense não seja tudo que dele se imagina, até porque não é tanto assim. O Santa Cruz do Maracanã é que parece não ser real, ou, pelo menos, não o do primeiro tempo, ou o Fluminense daquele primeiro tempo ainda é um ideal a ser alcançado.

O que vimos ontem foi um jogo equilibrado em que o Santa Cruz fez dois gols num átimo e o que parecia um leve incômodo se mostrou uma enorme dor de cabeça, curada com analgésico “Rodolfo”, que pegou duas nos penais, de modo que tudo não passou de um breve pesadelo. Os bem vindos R$ 2,5 milhões foram para a conta.

O Santa Cruz está de parabéns. Mostrou-se um time aguerrido, ousado, pilhado e confiante em suas possibilidades. Luciano poderia ter liquidado a fatura no primeiro tempo, mas, do outro lado, Airton protagonizava uma noite de delivery, no que tinha a colaboração de Bruno Silva. Salvava-se no meio de campo mal montado por Fernando Diniz a figura de Allan. Eu, que desconfiei do moleque no início, já estou quase iniciando a campanha “Fica Allan”.

Rapaz, como esse cara joga bola! Como tem frieza, habilidade e inteligência para solucionar as jogadas. Tem que arrumar uma vaguinha para ele nesse time, mas não no lugar do Ganso. No lugar do Ganso, tinha que ter um Léo Artur ou um Daniel, que são jogadores de aproximação com o ataque.

Destaque para o campo do Arruda. Um clube do tamanho do Santa Cruz não pode apresentar um  gramado em que a bola não rola, ela sai pererecando até o destino. Um clube com uma torcida maravilhosa e uma marca poderosa, como o Santa Cruz, deveria pensar em ter um gramado de Série A e não aquela espelunca.

Em que pese o mérito do Santa Cruz na noite de ontem, é impossível nós não concluirmos que quase fomos eliminados da Copa do Brasil pela arbitragem. No Maracanã, foi um pênalti não marcado e um gol mal anulado, que poderiam ter liquidado a disputa para o Fluminense. Para completar, a arbitragem validou o primeiro gol do Santa Cruz, que foi ilegal. Ou seja, estamos diante de uma calamidade. Se acontece isso numa disputa com o Santa Cruz, o que não nos espera a partir das oitavas de final?

Que essa classificação sofrida sirva de estímulo e de lição. Nunca será fácil, mas nós não precisamos ser solidários às dificuldades. Domingo é Fluminense e Goiás. Não nos cabe outra filosofia que não a de almejar profunda e ruidosamente o título brasileiro. Não tirem o Fluminense pelo jogo de ontem nem pelo passado recente. Temos potencial para sermos muito mais. Acho que já é hora de Diniz colocar Pedro no time desde o início. Nem me perguntem quem vai sair. Aliás, eu respondo. Que saia o Everaldo, enquanto estiver nesse “vai não vai” enfadonho. Dois volantes: Allan e mais um. Daniel ou Leo Artur no meio, e vamos para dentro.

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Hoje são 26 de abril e nada do balanço do Fluminense. Meu temor é pelo que estão escondendo.

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A partir de domingo, começaremos a saber se o Maracanã é viável. A resposta está na torcida, mais que em qualquer outra variável.

No caso do Flamengo, o que me parece é que a bandalheira só mudou de mãos. Os custos foram absurdos no jogo com o Vasco. Espero que com o Fluminense seja diferente e que não tenha bandalheira.

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Precisamos de mais um zagueiro e um lateral-esquerdo. A temporada exige três para cada posição, mesmo que um seja coringa.

Saudações Tricolores!

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