Ano passado, ao perderem a final do Carioca com um gol sofrido de forma irregular, os vascaínos ficaram chateados por conta de uma declaração do goleiro Felipe, que soltou a seguinte pérola em tom de galhofa: “Roubado é mais gostoso”. E realmente tinham motivos para tal.
Ano passado, meio que num ato de desespero – em 12 anos, apenas um título e dois rebaixamentos – os vascaínos reconduziram Eurico Miranda à presidência do clube.
E de cara o cidadão já disse ao que veio. Começaram as ações de bastidores em conchavos nos arbitrais da vida e contando com o beneplácito do Rubens Lopes. E foram várias ações. Pessoas ligadas ao futebol denunciaram nas redes sociais que EM teria mandado tirar juízes da geladeira com a seguinte ordem de lembrar a eles que foi o responsável por isso.
Foram mais de meia dúzia de pênaltis neste campeonato carioca. Um deles, o que definiu a classificação para as finais, no jogo contra o Flamengo. Inexistente por sinal. Mas, o respeito voltou, não é? Ou seria “roubado é mais gostoso”? Qual a diferença?
E o Botafogo, o clube mais endividado do Brasil? Seu presidente recém-eleito resolveu participar da ação entre amigos com a Federação, na doce ilusão que poderia conquistar o título. Fizeram o verdadeiro papel do inocente útil. Conseguiram uma vitória de Pirro: tiraram o Fred do jogo decisivo, mudaram o segundo jogo para o Engenhão (o que não aconteceu na final) e se classificaram através de um gol em impedimento. Conquistaram uma Taça Guanabara por terem feito mais pontos na fase de classificação. E o seu presidente já achou que seu time era o Barcelona, abusando das declarações estapafúrdias.
Pois bem, noves fora. Num campeonato marcado por conchavos, manobras de bastidores e Flamengo e Fluminense rompidos com a Federação e já se preparando para uma romper de direito com a mesma, não podia ser outro o campeão.
Podem ficar de blábláblá e de conversa fiada; a maioria dos vascaínos bateu palmas para isso tudo e ainda criaram o slogan: “O respeito voltou”. Nesse caso, sabemos bem que respeito é esse.
Jogos e campeonatos não podem mais ser decididos por árbitros e esquemas extracampo. É preciso que coloquemos a tecnologia a favor do futebol para que se leve a quase zero os erro de arbitragem, que acabam definindo competições e títulos. O desafio já seria um bom começo. Vários esportes usam desse expediente.
Urge!
Por ora, a certeza que sempre tive: vascaínos e flamenguistas são os dois lados da mesma moeda.
A hipocrisia é geral.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @mvinicaldeira
Imagem: google/ guis saint-martin
Em sendo Vasco e Flamengo os dois lados da mesma moeda, posso então considerar que Vasco e Flu estão juntos, pela associação Peter-Bandeira? Urge saber.