Hoje é dia de Clássico Vovô no Maracanã. Aliás, por que “Clássico Vovô”? Essa é fácil e aposto que você sabe. O confronto entre Fluminense e Botafogo é chamado assim por ser o clássico (jogo entre grandes times rivais) mais antigo, não apenas do Rio de Janeiro, mas também do Brasil. Sendo, ainda, o quarto mais antigo da América do Sul. O primeiro jogo – ora, vejam só –  foi um amistoso em 1905 vencido pelo tricolor por 6×0. E a primeira partida oficial, foi pelo Carioca de 1906, vencido novamente pelo Flu, mas dessa vez por 8×0. E gente por aí achando que o 7×1 de 1994 tinha sido novidade. Pelo visto, nossa sina é chutar a cachorrada.

E o que tem pra hoje? Se nada mudar, o Botafogo nos enfrentará com um time reserva e, assim, o técnico Húngaro – tricolorzaço, mas extremamente profissional – assume um grande risco de sofrer nova goleada histórica. Mas não o julgo, pois a situação dele não é fácil. Com o time jogando uma Libertadores depois de 18 anos, sendo que o empate do meio da semana deixou poucas chances no Carioca, que alternativas ele tinha? Perdendo com o time titular, viajaria de cabeça inchada e com a torcida puta da vida. Se por ventura ele nos vencer ou empatar com os reservas, será um grande feito. Se perder será um “tudo bem, era previsível”.

À propósito, qualquer vitória simples já nos mantém na liderança e praticamente esgota as chances deles no campeonato. Mas, contudo, toda via, porém, nada temos com isso. Fluminense segue embalado em busca da oitava vitória seguida. Além do mais, Fred já abriu sua conta em 2014 e o Botafogo é seu freguês favorito. Foram 10 gols em 13 jogos. Se essa fosse sua média já completaria mil gols mais fácil que o “Túlio Maravilha”.

Falando em gols, se tratando de Campeonato Carioca, desde aquele 8×0, nós já fizemos 355, em 223 jogos, nos quais saímos vitoriosos em 88. Eles fizeram 310 gols e nos venceram em 71 jogos.

Opa, 71… Sete a um. Quero voltar a falar desse jogo, que ficou conhecido como “Clássico 7up”. Era uma época conturbada em General Severiano. Jogadores sem receber salário – como em 90% dos times na época, incluindo o Fluminense – e ameaçando entrar em greve. Na reportagem do dia seguinte, os jogadores foram classificados como “estranhamente apáticos”. Olha, até que estavam mesmo. Mas em determinado momento, perceberam que era muita vergonha e tentaram fazer algo. Só que aí o Flu-Compressor já tinha passado por cima.

Acontece que, naquele dia, assim como hoje, o Flu nada tem a ver com a situação deles…

ST!

Panorama Tricolor

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