Deu Flu no clássico, com uma facilidade rara nos últimos 30 anos, tempo em que o Vasco passou a nos castigar. Ainda que haja grande distância entre os elencos atuais, o clássico sempre pesa. Portanto, fizemos bem a nossa parte. O pessoal ficou animado com a quebra do recorde de 1959 ou 1941, mas é preciso serenidade: naqueles tempos não tinha tanta carne assada e macia. Ok, é melhor vencer do que tropeçar. Ganhar os três clássicos satisfaz, mas a Portuguesa mostrou ontem o tamanho da nossa façanha.
O mais importante de tudo deixa dúvidas no ar: até aqui, o time reserva do Fluminense rende muito mais do que o titular. Sábado foi a maior prova disso no ano. Impecável no primeiro tempo, o Flu amassou o Vasco e poderia ter vencido por quatro ou cinco. É evidente que Cano e Arias precisam ser titulares, Martineli também. A cada dia que passa vai ficar difícil deixar de aproveitar Ganso. Já Marcos Felipe, melhor goleiro do país em 2021 e barrado por decreto, no mínimo se equivale ao titular Fábio. Nonato deu o ar da graça, todos esperam que Nathan possa mostrar seu jogo. Até Abel, que vinha trocando os pés pelas mãos, acertou o time no sábado.
Confesso que esperava um jogo mais difícil na terça passada. Claro que a expulsão do colombiano facilitou as coisas, mas isso não diminui o brilho tricolor. A classificação está encaminhada, porém só sera garantida com muita aplicação em campo. Não vejo o Millonarios fazendo figuração conformada.
O Fluminense tem tudo para ter um grande time este ano. Basta que a escalação titular seja baseada exclusivamente em critérios técnicos e o melhor momento de cada jogador.