O que é o certo? (por Lennon Pereira)

interrog

Vivemos a vida inteira buscando fazer o que essa pequena palavra nos sugere. Tudo começa na primeira infância, quando as crianças são apresentadas ao certo e errado pelos pais, pelos mais velhos, depois nas primeiras escolas, onde, além de aprender certo e errado, aprendem também a competir umas com as outras. São os trabalhinhos, as provas, as homenagens aos melhores alunos e por aí vai. As crianças começam a perder a pureza, a ingenuidade e logo são lançadas no mundo das obrigações e das competições.

É nessa hora que começamos a matar o que há de melhor no ser humano. A inocência, a sinceridade, a liberdade de dizer o que pensa e de criar, de viver conforme gostariam e não conforme a maldita regra midiática e social quer implantar. As crianças param de ser como são na essência e começam a ser o que se espera delas. É aí que começamos a aprisionar o espirito, a criatividade, a genialidade.

Não há nada de genial em ser enlatado, empacotado, em ser empastelado, enquadrado.

Fico às vezes me perguntando como essa palavra tão simples e pequena pode nos causar tanto mal. Quem tem o poder de determinar certo ou errado? Se um comportamento não causa mal a outros seres humanos, como pode ser considerado não certo? Ou errado?

Muitas vezes me pergunto onde vamos parar. Quem teria sido o criador desse conceito de certo e errado? Como deixamos que isso aprisione almas, e talentos?

Quantos gênios perdidos, talentos desperdiçados, quantos seres tidos como desajustados socialmente apenas por não concordarem com o que a sociedade espera de comportamento razoável ou socialmente aceito?

O ser humano é um pássaro na sua criatividade, na sua imaginação e na sua liberdade de escolher o que quiser para si. Não podemos voar com asas próprias, mas podemos imaginar, sonhar, inventar. Como teríamos aviões, Energia elétrica, ciências, tecnologias se não fossem os sonhadores? Quantos deles foram tidos como loucos em seus tempos, por não se aterem às limitações das verdades absolutas que resolveram enfrentar?

Da Vinci, Galileu, Thomas Edison entre outros, tidos como loucos, sonhadores. Hoje tidos como gênios! E o que dizer de Cristo? Um homem que veio dizer que devemos perdoar nossos ofensores até setenta vezes sete? Que mandou dar a outra face? Que mandou o ser humano amar o próximo como a si mesmo? Acabou na Cruz.

A crônica de hoje é um grito de liberdade, um pedido de reflexão! Uma convocação a um momento de autoanalise dentro de cada um de nós.

O ser humano é livre para ser aquilo que desejar. Ninguém é dono de nosso livre arbítrio. Nem a mídia, nem os políticos nem as regras que aqueles que dominam o poder econômico, financeiro ou social. Não se deixe pautar pelos comércios, pelos modismos, pela maioria. Sejamos sempre fiéis a nossa essência. Só assim podemos realmente encontrar a real felicidade.

Não nos importemos com o que vão pensar ou o que podem esperar de nós. Sejamos aquilo que nós desejamos e que nós queremos. Ninguém é dono da razão!

Uma vez um cabeludo falou “… Cada um de nós é um universo (…) deixa eu viver minha loucura.”

Essa crônica vai para todos aqueles que mantêm acesa aquela chama de liberdade e independência. Aqueles que pensam por si e não pela maioria ou pelo politicamente correto.

Cada um de nós é um universo, e cada um de nós forma o universo em que vivemos.

A saída para um mundo melhor está nas mentes e corações de cada um de nós. É hora de começas a olhar o que realmente importa e não aquilo que é fútil, passageiro, volátil.

Olhemos para dentro de nossos corações e dos corações dos que nos cercam.

Somos semelhantes, irmãos por natureza, e o mundo do ter não pode ser maior nem mais importante do que o mundo do ser. Que possamos fazer sempre o que é certo, na sua essência, e não na sua futilidade ou na sua função aprisionante.

Que eu possa sentir alegria no sorriso do meu semelhante, e que sua vitória seja meu motivo de felicidade. E que o comportamento irreverente seja motivo de inspiração.

Que possamos viver mais e sobreviver menos. Que eu tenha tempo diariamente para parar, olhar o sol se por, ou o sol raiar, e que possa ouvir o canto dos pássaros, que não cobram para cantar, e cantam porque são livres, porque nasceram para cantar e para voar, mesmo sem saber para onde, mas que possam sempre voar.

Estou de volta. Desculpem a ausência e obrigado pela companhia.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

1 Comments

  1. Vim aqui ler e aprender um pouco mais sobre futebol, mas acabei lendo uma crônica sobre liberdade e independência, mt legal, às vzs precisamos ser lembrados de : “não há nada de genial em ser enlatado, empacotado, em ser empastelado, enquadrado” Bjs

Comments are closed.