O que dirá Marcelo Oliveira? (por Felipe Fleury)

O que será que Marcelo Oliveira dirá na preleção antes da partida contra o Sport? Se é que dirá algo, pois já ouvi, à boca miúda, que produz monossílabos e deixa que quem tenha algo a dizer se manifestar.

Mas, caso resolva falar, pedirá que o time “tire o pé”, como fez contra o Vasco, uma vez que não pode escalar o time reserva como gostaria, e fez contra o Santos, porque ainda faltam mais de 15 dias para o segundo jogo decisivo contra o Atlético/PR?

Não duvido. Na sua cabeça pequena certamente transitam pensamentos pequenos. Aí, a sua preleção seria aquela típica de todo treinador medroso, ou pior, do não-treinador: “olha, as chances de rebaixamento são mínimas e temos um jogo vital (que só ocorrerá daqui a 17 dias, vale lembrar), vamos maneirar, tocar a bola para o lado e para trás e, se conseguirmos um golzinho a gente segura…”.

Independentemente do que pensa Marcelo Oliveira, parece que o Fluminense só consegue jogar algo parecido com futebol quando lhe faz ouvidos moucos, fazendo o contrário do que pede. Quando joga sem lembrar de que há um poste à beira do campo, na base do empenho pessoal de cada um. Quando o escuta, cai na pasmaceira de um esquema ultrapassado, ou ainda, absolutamente impróprio à equipe. Nesse ponto vale lembrar quantos jogadores, embora nenhum deles seja acima da média, tiveram seus rendimentos diminuídos depois da assunção de Marcelo. O time inteiro, praticamente. Exceto o goleiro, que é treinado por quem entende do riscado.

Assim, é preciso que os jogadores entrem em campo por si e por suas consciências. Esqueçam o que ouviram ou não ouviram do “treineiro” e joguem aquilo que algum dia já jogaram, respeitando, sobretudo, o clube e o torcedor que estará nas arquibancadas incentivando.

Isso porque se trata de jogo cuja obrigação é vencer, e, partir para cima, se impor, sufocar o adversário não são medidas que Marcelo Oliveira costuma adotar no comando de um time. Mas é isso que precisa ser feito. Nem pensar em empate, muito menos em derrota, um vexame dentro de casa lhe seria atribuído com todas as honras ou vergonhas, especialmente se vier novamente com Júnior Dutra ou tolher a liberdade de atacar dos laterais, como seu “esquema” tem proposto.

Nosso técnico, assim, pode contribuir decisivamente para um resultado negativo – já fez isso outras vezes -, seja escalando mal, substituindo mal ou posicionando/instruindo equivocadamente a equipe. Contra as duas primeiras medidas não há remédio, contra a terceira, basta tapar bem os ouvidos.

Portanto, jogadores, escutem o som das arquibancadas, o silêncio de seus pensamentos, usem até aqueles fones enormes tocando sertanejo ou pagode, mas não ouçam Marcelo Oliveira. É triste constatar isso, mas temos um treinador que consegue piorar o que já é ruim. Deixando do jeito que está, só com a mediocridade, as chances de vitória são maiores. Já vimos isso contra o Atlético/MG e o Nacional/URU mais recentemente; que possamos ter um time tão aguerrido quanto àqueles, logo mais contra o Sport/PE, mérito que será fruto somente do empenho de cada um de vocês (jogadores). Só de vocês.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @FFleury

1 Comments

  1. Bom dia. Pense em quantas vezes você comentou praticamente as mesmas críticas a treinadores passados. Todos padecem do mesmo mal e só você possui a mágica? Este time é, talvez, dos piores que já vi. E não recebem. Acorde e Seja menos passional.

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