Oi, pessoal.
Um técnico perdido, um time travado, uma diretoria passiva, uma torcida angustiada. As cinzas carnavalescas não se dissiparam e, numa semana, nos empurraram ladeira abaixo, para um vergonhoso quinto lugar.
Infelizmente, a campanha não é vergonhosa para a diretoria. Ela volta a cometer o mesmo erro de 2013 quando demorou a trocar uma comissão técnica desgastada e, quando o fez, ainda trouxe um técnico completamente sem ambiente, rejeitado pela torcida, o Luxemburgo.
Em 2014, errou de novo. Renato Gaúcho é uma piada como treinador, não trabalha em lugar algum e, no meio daquele turbilhão entre Portuguesa e Flamengo, a direção deu o comando do time a um mero X9 do Celso Barros. Quando o demitiu, os nomes no mercado eram poucos e veio Cristóvão Borges, às portas do Brasileirão.
Com início promissor, Cristóvão deu ao time ofensividade e compactação. Subiu as linhas defensivas e fez marcação pressão no ataque, mas no pós-Copa, com a volta de Fred (centroavante que não cai nos lados do campo) e a queda de rendimento técnico de jogadores como Conca, Jean e Wagner, perdeu a mão sem qualquer “plano b” para reorganizar o time.
Cristóvão se perdeu e não se achou mais. Ele entra 2015 com um elenco sem tanta qualidade técnica de 2014 e insiste numa proposta que não funciona há sete meses. Quando tenta fazer o básico, embaralha e confunde ainda mais, sempre durante os jogos.
A questão dos altos e baixos vem do treinador, não das mudanças do time. Cristóvão ganhou vida nessa de elenco novo, em adaptação, para continuar enganando e escondendo suas próprias inseguranças e inabilidade.
Já temos QUATRO derrotas este ano e com atuações ridículas. Na maioria dos jogos que fizemos e ganhamos, igualmente, não apresentamos um bom futebol. A tática dele trava o time, jogadores fixos, que se embolam com os que vêm de trás. Meias jogando como pontas e pontas, como dizem que Lucas Gomes é, jogando de lateral.
A questão não é apenas a derrota, que faz parte do futebol, mas a forma dela. Quando se perde, jogando o que temos jogado, é alarmante. E isso não é porque o time é novo. Ano passado não era e estava igualmente previsível ou desarrumado, confuso, embolado.
O que aconteceu? Nada. Cristóvão está perdido desde o segundo semestre de 2014. Foi mantido equivocadamente por uma diretoria que administra o futebol como se administra um escritório de advocacia: sempre esperando o esgotamento dos prazos e o fim dos procedimentos para analisar os resultados.
No futebol, não é assim que funciona. Felizmente ou não, ter paciência, após sete meses de agonia, é esperar a vaca ir para o brejo. A passividade é o rosto da gestão atual. O ano é o mais delicado e temeroso dos últimos quinze anos.
Presidente Peter, senhores Fernando Simone e Mario Bittencourt, humildemente, eu faço um apelo: é tempo de sustentar o Fluminense. Não teremos mais o talento individual para salvar o ano. Nós precisamos de um técnico que saiba lançar sem medo os jovens e arrumar o posicionamento ofensivo do time.
Temer a opinião e a crítica da imprensa, por trocar treinador, é errar às portas do Brasileirão. Não temos tempo. Cristóvão também não. Escolher, DE NOVO, a inação e a passividade, no futebol, é dar um tiro no pé.
A questão é que o time é um amontoado e sua única jogada é buscar o Fred. Trocar o técnico depois será catastrófico, tanto quanto, decidir por mantê-lo agora. Como escrevi, semana passada, o foco é o Brasileirão e estamos longe de estar prontos.
Achar que um técnico perdido e inseguro, como Cristóvão vem sendo, conseguirá ajeitar o time, coisa que não fez em meses de clube, é, no mínimo, uma irresponsabilidade com a torcida e a história do Fluminense.
O cenário é angustiante. A continuar a passividade exagerada da diretoria, um pulo para decisões forçadas, quando a vaca já estiver emperrada no brejo, da angústia, iremos ao horror que mais tememos como tricolores: o rebaixamento.
Para dissipar as cinzas e evitar o pior, ainda há tempo se agirmos agora, ao invés de esperarmos o time se resolver por si. Para dissipar as cinzas, sem vendaval, mas com a vassoura na mão para arrumar a casa.
Hora de agir, diretoria!
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Toques rápidos
- Os bustos dos eternos Washington e Assis ficaram lindos! Parabéns ao artista tricolor, Antônio Liboredo, e aos autores do livro, Daniel Cohen e Heitor D’Alincourt. Lindo demais! Obrigada pela dedicação e pelo trabalho em viabilizar e registrar essa homenagem. SHOW DE BOLA!
- Alguém sabe me dizer se o Fluminense ou algum diretor do clube deve dinheiro ou favores aos empresários do João Filipe, Victor Oliveira e Lucas Gomes?
- E o Walter, hein? A cada dia que passa, ele faz questão de ser um elefante branco no elenco. E o pior: poderemos precisar dele caso Fred se machuque.
- Por fim, mas não menos importante: qual é a sensação de descobrir que nem o técnico da Ponte Preta, Guto Ferreira, faz o que os nossos têm feito nos últimos anos? Mandar o jogador do contra-ataque ir marcar o lateral na lateral defensiva.
- Foi o que Biro-Biro quis nos contar: “no Fluminense, me obrigavam mais a marcar e eu ficava distante do gol. Aqui, o Guto não deixa voltar tanto, ele fala para eu entregar a marcação para o lateral quando passar do meio de campo. Então, fico ali esperando o contra-ataque e guardando um fôlego para a arrancada final.”.
Abraços fraternos,
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @CrysBrunoFlu
Imagem: Getty Images South America e Nelson Perez / FFC
Montagem: Crys Bruno
#SejasóciodoFlu
Acho que o Lucas Gomes pode dar um caldo. O Walter está desmotivado e o melhor seria trocá-lo pelo Thiago Ribeiro. A diretoria não entende de futebol, mas poderia colocar junto à FERJ alguém que realmente tivesse pulso e defendesse os nossos interesses. Quanto ao Cristóvão, nada espero, mas, também, quem está livre no mercado e que tope receber o seu salário. São poucos e iguais a ele. ST
O Stevie Wonder enxerga mais o jogo do que o Cristóvão!!
Qualquer analfabeto lê melhor o jogo do que o ex Mago!!
Precisamos de uma mudança rápida do técnico. enquanto tiver tempo!!
Parabéns aos envolvidos naquela linda e emocionante homenagem ao Casal 20!!!
Oi queridão, Tb acho que precisamos de um treinador. rs
Não tenho dúvidas da beleza da festa e homenagem. Esse time do casal 20 marcou minha infância.
Muito bom, mas não acho que precisaremos do Walter. Quem precisa do Walter é o Burger King e a Nestlé. Prefiro precisar do Michael ou do Biro-Biro, que foi injustamente preterido por este cego chamado Cristóvão. Infelizmente eu acho que vão demitir o Cristóvão lá pelo meio do ano e vão contratar o Ney Franco, outro técnico horroroso e que nunca fez nada de bom.
Obrigada, Ricardo.
Entendo que Walter precisa jogar, mais até que outros, especialmente, devido ao seu problema de peso. Entendo que ele queira sair. Entendo a torcida ficar sem paciência com ele. Mas eu o acho muito bom e não apostaria no Michael rs.
A provável vinda do Thiago Ribeiro pode ser interessante.
Obrigada pela leitura e comentários. ST.
Muito verdade todo o texto.
Como já postei em OT…..minha humilde opinião, tinha que manter o Dorival naquela virada de ano…..se daria certo, nunca saberemos.
Agora e segurar na mão de João de Deus e seguir.
ST
Olá, Carlos. Obrigada por sua leitura e comentário.
Eu penso igual a você sobre o Dorival. Ele é o mais experiente que sabe lançar jovens sem receios. Lembro que Cristóvão hesitou em pôr Robert e Kenedy juntos em campo. E hesita em escalar dois jovens do meio para frente.