O menino persiste (por Ernesto Xavier)

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O clássico entre Fluminense e Vasco é especial, ao menos para mim.

Foi nele que em 1994 eu adentrei o gramado do Maracanã com os jogadores e pulei no gramado, rolei, gritei pra torcida tricolor e finalmente entendi que aquela paixão jamais me deixaria. Eu tinha sido fisgado para sempre. Jardel fez dois gols naquela noite. Perdemos o título, mas o Flu ganhava mais um fanático.

Foi um Fluminense e Vasco no Maracanã, caros amigos. Hoje ele não acontecerá lá graças aos desmandos de Eurico e cia. O jogo será no Engenhão e eu não estarei lá. Não só eu, mas muitos também desistiram diante de tamanha sandice. Daremos 50 reais para correr os risco de violência? A torcida deles ameaça e nós que somos da paz nos afastamos. Triste. Espero que a justiça seja feita em campo.

Nove anos após aquele primeiro encontro eu estava novamente no Maior do Mundo para uma final de Carioca. Nova derrota. O problema estaria comigo? Esta pergunta me perseguiu por anos. O Vasco era nosso algoz? Os mais velhos me contavam que até a década de 80 eles eram os fregueses favoritos. O que aconteceu depois?

Mais nove anos: 2012. Dessa vez no Engenhão. Não era final do Estadual, e sim da Guanabara. Quem se importa? A vitória foi maiúscula, fenomenal, sem deixar dúvidas de quem era superior. Vencemos por 3 a 1. Aquela equipe estava apenas aquecendo. O final do ano nos reservava um título nacional antecipado. Sonho realizado!

O clássico me emociona, me faz tremer igual vara verde. Estarei diante da TV. Esse é o desejo de quem vende o espetáculo. Cada vez menos gente nos estádios e mais diante da tela pagando pay per view. Não entendem que um jogo pela TV, onde se vê arquibancadas vazias, perde boa parte da graça.

Vou persistir. Continuarei indo.

O menino de nove anos renasce a cada vez que pisa no concreto do Maracanã.

Esse garoto não morrerá jamais.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @nestoxavier

Imagem: google

#SejasóciodoFlu

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