Começou maio de vez. São nove e meia da manhã e, até às nove da noite, o dia de hoje terá 70 horas no mínimo.
Tudo é Fluminense. A terça-feira nublada, o trabalho difícil com a cabeça voltada para o jogo, torcedores sonhando em conseguir um trocado para pelo menos tomar uma cerveja vendo a partida no botequim.
Nos hospitais, há pacientes tricolores espiando a TV ou os smartphones para ter notícias da partida.
Que ninguém se iluda: tudo leva a crer que será uma barra pesada logo mais, e se não for é porque o Fluminense retorceu a lógica. Tem um ótimo time, o melhor futebol do Brasil – mesmo depois do sarapatel diante do Fortaleza – e planta esperanças na torcida diariamente, mas hoje não terá a menor moleza, é o que se espera.
E dado que já está tudo pronto, inclusive a escalação, o que resta? Torcer praca. É o que veremos logo mais no Maracanã cheião para os dias atuais.
Vai ser legal ver os amigos, pensar noutros amigos que moram longe, sentir a atmosfera de um jogaço, viver o Flu com a grandeza que só ele tem. Só por hoje, os problemas e as dores ficam de lado. Só por hoje. Toda vez que vou ao Maracanã, fico procurando pela minha família, pelos meus amigos de outrora, procurando a geral e a Tribuna de Honra. Cadê?
Agora é hora de trabalhar, pensar, sonhar, rir, chorar, viver. Que seja um grande jogo, que seja uma noite de paz e que o Fluminense seja completamente Fluminense.
Uma pausa para superstição, que pode ser bom negócio: nesta semana o Flu fará duas partidas seguidas contra times que usam faixas diagonais na camisa. Isso já aconteceu antes, produção?
Tudo é Fluminense.
Sábado passado foi os reservas. Não conta na minha contabilidade.
O titular se mantém invicto.
Pra cima deles Fluzão Eterno Amor. Estarei lá na Sul inferior. Gratuidade só lá. S tc