O importante é vencer (por Ernesto Xavier)

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O futebol é o esporte mais emocionante do mundo. Digo isto, pois aprecio diferentes modalidades. Sou um amante das atividades físicas como um todo e digo: nada se compara ao futebol.

Primeiro: nenhum esporte exige o aperfeiçoamento de tantos membros como o futebol. Segundo: não há esporte em que o resultado seja tão imprevisível.

Vencemos o Bahia por 1 a 0. Time que no meio da semana empatou em 1 a 1 com a Flamengo, que vencemos na rodada de número 4 por 2 a 0. Hoje, o São Paulo, que na quarta-feira vencemos por 5 a 2, ganhou do Grêmio, que nos derrotou por 1 a 0. Qual a lógica matemática desses resultados de acordo com nossa ótica? Nenhuma. Porém olhando a equipe em campo, percebemos que temos merecido a vitória a cada rodada, mesmo quando saímos derrotados. Não significa que será sempre assim.

Não foi hoje. Foi injusta nossa vitória? Não. Mas também não seria uma surpresa se o Bahia empatasse o jogo. O gol de Kenedy no início do primeiro tempo deu ao Fluminense a possibilidade de administrar o placar, jogar em contra-ataques, usar a fragilidade técnica do adversário ao nosso favor.

Porém a disposição do adversário fez com que o jogo fosse equilibrado. Um pouco chato em alguns momentos, eu diria. Da nossa parte, totalmente consciente. E é aí que me alegra. Vencemos, pois tivemos a inteligência de lidar com o placar e com os defeitos da equipe baiana. Um time que quer ser campeão não precisa ser brilhante em todos os jogos, mas não pode esquecer que existe um objetivo e que todos devem se sacrificar em algum momento para que possam alcançar o bem comum.

Não tivemos Diguinho (que vem se destacando na marcação), Bruno (que não atuou também na última rodada) e Rafael Sóbis entre os titulares no início do jogo, além de Diego Cavalieri e Fred, que estão impedidos de jogar pelo Fluminense por determinação da FIFA. Na prática jogamos sem 5 titulares importantes dentro do esquema do técnico Cristovão Borges e mesmo assim conseguimos jogar em alto nível. Não tivemos a mesma atuação que nos encantou no segundo tempo contra o São Paulo, no entanto foi o suficiente para segurar o resultado que tanto queríamos.

Mostramos que temos elenco. Fomos um pouco o Fluminense de Abel Braga em 2012, que vencia por placares magros e se recusava a perder. Para quem quer ser campeão, em dias menos inspirados, é necessário, acima de tudo, a transpiração. O que tivemos de melhor foi o gol do jovem Kenedy, que tirou o peso de tantos jogos sem corresponder às expectativas que todos colocam em seu futebol. O vi jogar nas categorias de base do Flu e da seleção brasileira e digo: ele tem futuro. Tenham paciência. Não é um fenômeno, porém um jogador com habilidade, poder de finalização e de entrega ao time. Nosso técnico bruxo terá a possibilidade de lapidar seu talento, pois é mestre nisso.

Ressalto a confiança de Marlon, o zagueiro que substituiu o contundido Elivélton e parece ser melhor que o titular. Se não tivemos as contratações que tanto queríamos para a zaga, Xerém mostrou que pode nos dar a solução. Vamos dar tempo ao tempo.

Para uma competição como esta, é de extrema importância os resultados como os de sábado. Vencemos um adversário fora de casa mesmo sem jogar nosso melhor futebol. Estes pontos conquistados antes da Copa serão nossa melhor arma lá na frente. Até que a rodada se complete seremos líderes. Pode ser que ao final continuemos sendo.

Nesse momento o mais importante é manter o espírito campeão que está em nosso grupo. O resto é conseqüência. Quarta teremos o Atlético-MG em Juiz de Fora. Mais uma batalha. Para os Guerreiros nada é impossível.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @nestoxavier

Imagem: FFC – homenagem a Washington

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