Sábado frio, frio pacas, joguinho gostoso e uma vitória maiúscula no Maracanã. Sem forçar a barra, o Fluminense venceu o primeiro tempo com sobras; tivesse colocado mais pressão quatro ou cinco gols não constituiria qualquer exagero. No segundo, disse a que veio.

É claro que não se pode desprezar a boa atuação do Flu, boa mesmo, mas não cabe desprezar dois pontos importantes: o gol no começo, que deu muito mais tranquilidade ao Tricolor, e a fragilíssima equipe do Coritiba (ok, não é problema nosso).

Teve de tudo ontem: gol de Caio Paulista, gols de Bigode, gol de Egid19(!), frangos dos goleiros e, pela primeira vez, German Cano passando em branco. De Caio Paulista, pode-se dizer que, nos dois segundos que antecederam seu primeiro gol, ele foi uma espécie de Paulo Cezar Caju, mas só neles, ok? Exageros e brincadeiras à parte, lutou, correu e, claro, falhou, mas sem prejudicar o coletivo.

Sem poder errar, mas claramente focado na decisão de vaga contra o Corinthians, o Fluminense controlou o jogo inteiro e só teve desconfortos quando sofreu os dois gols, um de contra ataque e outro de falta. Os méritos vêm de muito tempo na Era Diniz, mas as falhas também – e estas precisam de soluções para ontem, antes que cobrem a conta em momento desagradável e indesejável, agora que estamos em pontos culminantes da temporada 22, brigando por dois títulos.

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Destoando de tudo no fim, a entrada de Felipe Melo. Horroroso, lento, felizmente não lhe sobrou tempo de jogo para espalhar sua mediocridade. Caiu sentado de novo, mas não tomou o tradicional cartão amarelo, ufa. Pelo visto, os tricolores no Maracanã desistiram de vez dos latidos e os trocaram por merecidas vaias.

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Mais uma vez, Fábio falhou. Não adianta tapar o sol com a peneira, nem gritar a fantasia cabeça-de-vento de que “é o melhor goleiro do Brasil”, porque está muito longe disso em 2022. Por sua causa, o Fluminense passou rapidamente o único momento de tensão na partida, ao conseguir sofrer um gol de Egídio…

Infelizmente, a contratação do veterano goleiro tricolor estava totalmente desalinhada do ponto de vista técnico – ele já vinha na descendente no Cruzeiro, ao menos para quem o acompanhava. Longe de desmerecer os muitos serviços que Fábio prestou ao futebol – foi um dos melhores goleiros brasileiros do século XXI, injustiçado na Seleção -, mas hoje é um ex-jogador em atividade, titular por força do nome. Por conta de sua categoria, ainda consegue vez ou outra fazer boas defesas mas, no saldo, pula e sai quase sempre atrasado, invariavelmente berrando com os companheiros. Não é de agora.

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Resta saber até quando vai se passar pano para isso.

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Com seus acertos e erros, o Fluminense continua promissor. Na próxima quarta tem uma batalha daquelas diante do Corinthians pela Copa do Brasil, marcada pelo horário ingrato e a inacreditável novela dos ingressos, sendo a direção do clube incapaz de defender seus sócios e torcedores, mas leonina apenas para ameaçar e constranger opositores.

Apesar de tudo, teremos o Maracanã lotado, a força da nossa torcida, a promessa ofensiva de Diniz e a esperança em voltar à final da copa nacional depois de 17 anos. É hora de decidir e prevalecer. O Fluminense é maior do que tudo.

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Tudo que cercou essa questão dos ingressos físicos para o jogo diante do Corinthians beira o surrealismo.

Cambistas se esbaldando em pleno domingo no Maracanã.

Longas filas para os sócios nos pontos de resgate.

Sinceramente, quem ganha com isso? O torcedor e o sócio do clube que não são os agraciados.

Uma covardia.