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Ah, se por aqui estivesse o mitológico Monsieur Limá, cravaria: “O couro come”.
Fluminense e Corinthians já se enfrentam há quase 90 anos. São muitas histórias desde o longínquo 4 a 4 da estreia em 1933. O Flu foi campeão do mundo em cima do Coringão no Mundial de 1952, foi bonito.
Dez em cada dez corintianos são enlouquecidos pela antológica semifinal de 1976. A história da invasão dá um livro, mas não foi o que o que se diz hoje em dia: havia dezenas de milhares de alvinegros, mas a maioria não arquibancada era tricolor sim. Perguntem ao Marcelo Migliaccio. Demos o troco bonito em 1984 com o partidaço no Morumbi.
Muitos anos depois, outra semifinal. Perdemos em 2002. No ano seguinte, escapamos do rebaixamento com um gol no finzinho. Dançamos na Copa do Brasil de 2009, o troco veio no centenário corintiano de 2010.
Há três anos, eles nos tiraram da Sul-americana. Depois levamos uma paulada de cinco no Brasileirão. Fizemos 5 a 2 em 2014.
A gente acaba fixando mais as coisas da juventude, então fico com 1982 e 1983. No primeiro ano, perdemos pelo Torneio dos Campeões. Teve caixão na geral com protestos, saí correndo, foi culpa do Gonzalez. Depois ganhamos por 1 a 0, gol do Cândido, Leão estreava pelo Corinthians com sua camisa listrada.
O que vai ser desta noite de quinta? É difícil cravar. Nós vamos cheios de esperança. Temos mil problemas, mas estamos acostumados a desafiar definições: o Flu já venceu com times humildes, jogadores medíocres e dirigentes extraterrestres. Ok, vamos de ex-goleiro, um rombo na esquerda e talvez dois bondes no meio. Senhor! Yago e Martinelli precisam jogar. Aliás, esse negócio de haters do Marcos Felipe e do Martinelli é uma palhaçada.
Itaquera é uma pressão enorme. Não podemos ir para os pênaltis. Tem que ser nos 90 minutos.
O Corinthians é favorito, então o placar é 1 a 0 pro Fluzão e vaga na final contra o eterno rival. Está escrito. Só falta os deuses confirmarem.