O Fluminense e a dívida histórica (por Mauro Jácome)

Ao acessar o Facebook na próxima quinta-feira, às 19 horas, para acompanhar a estreia do Fluminense contra o River Plate, a torcida tricolor vai, certamente, lembrar do momento maior do século.

Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Brasileiro trouxeram títulos. Até a arrancada de 2009 e a Sul-Americana do mesmo ano foram memoráveis, mas a campanha de 2008, com as festas nas arquibancadas do Maracanã, foi imbatível. O resultado foi um daqueles absurdos que se vê no futebol de vez em quando. Mas 2021 está aí para reparar tudo. A História tem uma dívida com o Fluminense.

Sorteado no Grupo D do torneio continental, o Fluminense começará a caminhada contra o River Plate. O time argentino é o bicho-papão da competição desde 2015. Nas seis últimas edições, os Milionários conquistaram dois títulos (2015 e 2018), um vice (2019), caíram em duas semifinais (2017 e 2020). Em 2016, ficaram nas oitavas. Ao todo, foram 35 vitórias, 25 empates e 12 derrotas.

Na semana seguinte, vai a Bogotá enfrentar o Independiente Santa Fé. Neste mesmo período em que o River brilhou, o time colombiano disputou quatro vezes o torneio continental. Somente em 2015 passou da fase de grupos e chegou às quartas de final. Nas quatro competições somou doze vitórias, cinco empates, onze derrotas.

O primeiro turno fecha em Barranquilla. O Junior tem uma campanha pífia desde 2015. Foram quatro participações, com uma eliminação ainda na pré e três na fase de grupos. Cinco vitórias, um empate e doze derrotas.

Tudo isso se não houver mudanças devido à pandemia, afinal, o Brasil é o país a ser evitado, depois de tanta lambança oficial.

Como pode-se ver, tirando o River Plate, os outros dois adversários foram meros figurantes. Mesmo assim, o primeiro turno não será moleza. Os jogos de volta, dois no Maracanã, serão fundamentais para a classificação. Alcançar nove pontos representará boas chances de classificação. Dez, quase certa. Onze, 100%.

Na reta final da preparação, um pacote de contratações encorpou o elenco. Zagueiros, meia-atacante e atacantes se juntaram ao grupo. Como chegou todo mundo em cima da hora, difícil cravar se foi suficiente. Só com a bola rolando para bater o martelo. Mas uma coisa é certa, não há ninguém num nível inalcançável. Dá para ir longe. Até onde? Nenhum dos 32 times tem cacife para definir de antemão seu próprio destino.

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2 Comments

  1. Se reeditar 2008, poderemos ter paga a dívida que a história tem com o clube.
    A Vitória na primeira partida seria importantíssima. Uma.derrota não será uma tragédia, porém obriga a fazermos uma pontuação em algum dos jogos fora.
    Se o Flu vencesse o River em casa, é os colombianos ficassem no empate, seria bom parado começo.
    Esperemos.

  2. Em 2008, tínhamos um timaço e festas homéricas no Maracanã.
    Em 2021, um time operário e nenhuma torcida no estádio.
    Quem sabe a história não estava esperando um enredo totalmente atípico para pagar sua dívida?
    Sonhar não custa nada…

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