Roger Machado, após o Fluminense conseguir com muito sacrifício e sufoco superar o Criciúma, ilustre equipe de Santa Catarina que foi rebaixada à Segunda Divisão de seu campeonato estadual, e está na Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro, admite que sua equipe não jogará futebol, mas somente vai competir, lutar e brigar.
Ora, se realmente não conseguirá fazer sua equipe treinar soluções e criações, para quê remunerar um treinador que deve mais atrapalhar do que ajudar nas tomadas de decisões, pela diretoria e jogadores em campo?
Isso me faz recordar da série best-seller que conquistou audiência mundial, Harry Potter. Que em sua segunda saga, HP e a Câmara Secreta, recebe em sua Escola de Magias de Hogwarts, como Professor Titular da azarada disciplina Defesas contra as Artes das Trevas, Gilderoy Lockhart (membro honorário da Liga Contra Artes das Trevas), da Ordem de Merlim Terceira Classe, também vencedor por cinco vezes do Prêmio Sorriso Mais Atraente do Semanário das Bruxas.
Publicador contumaz de livros, que seguiam entre os mais vendidos, entrava e saia ano. Ele se promovia com vontade e dizia ter muitos feitos – e era na verdade uma fraude, roubando o crédito de outros bruxos e bruxas. Mas Lockhart era muito em bom em feitiços que apagavam memórias, usado por ele sempre após ouvir os contos e bravuras de seus colegas mais corajosos e destemidos.
Na saga, Gilderoy colou em Harry Potter a fim de aumentar sua fama, já que o notório bruxo era uma lenda por ter derrotado, ainda bebê, o bruxo mais poderoso naqueles sombrios tempos. Não obstante, Roger Machado usa os veteranos como escudo para seu indescritível (não) trabalho e sempre transfere a responsabilidade dos fracassos para seus comandados que não estariam, segundo ele, à sua altura.
Do mesmo modo Lochkart conduzia assim sua disciplina em sala de aula, em que uma certa vez, soltou dezenas de diabretes da Cornoália, criaturas hiperativas e atentadas que reviravam tudo pelo avesso, buscando destruir tudo que vissem pela frente. Em vez de ensinar ou demonstrar como enfrentar as pestinhas, Gilderoy foge (de medo) e deixa Harry e seus fiéis amigos, Rony e Hermione (que haviam chegado há pouco na aula) capturar as ferinhas alopradas. E ainda dizia: o que foi? São só diabretes!
Professor Lockhart, assim como o Roger, sempre desmerecia o saber alheio e tripudiava sobre a opinião de quem não é seu espelho. Um desfecho que adorava em suas falas: para mais detalhes, consulte minha obra completa. Seus alunos nunca tinham valor e jamais chegariam aos seus pés, bem como seus colegas professores. Em seus discursos, sempre dizia saber o que fazer, fosse em qualquer situação, sempre tinha a solução.
Por fim, no capítulo final, já dentro da Câmara Secreta, enfrentar o monstro que nela habitava, ele não quis. E acabou se auto-enfeitiçando por acidente, deletando sua memória e deixando Potter à deriva. Harry por conta própria e por conhecimentos anteriormente adquiridos, aliado a seu poder intuitivo ímpar, se viu obrigado a sobrepujar o Basilisco e descobrir por si próprio as soluções.
Tal lá como cá, nosso escrete, levando em conta o já desmascarado comandante, terá de encontrar suas próprias soluções, recorrer às suas formações, intuições e ter lealdade ao Fluminense e sua Torcida, e assim receber do imponderável, ajuda das ferramentas para derrotar os basiliscos no porvir, em campo ou fora dele, pois o Mago Angioni não estará acordado para enviar sua magia nos momentos necessários.
Há quanto tempo não chegamos nas quartas de final da Copa do Brasil e da Libertadores?
Uma aula literária e de futebol. Uma pena que o fim de Roger talvez não seja tão satisfatório quanto do malfadado professor de Harry, porque, Roger tem a proteção do diretor das Laranjeiras.
O nosso Mário Dumbledore está mais para Mário Umbridge…