Lá se foram quase 25 anos.
Não era um domingo qualquer. Era dia de festa na velha casa em Santa Teresa.
Mais um aniversário do patriarca da família: meu saudoso avô materno Luiz.
Churrasco rolando no terraço e eu junto com meu irmão colocando pilha nos tios Zeca e Paulo. Isto porque era certo de escutarmos juntos mais tarde e na cozinha da casa o jogo. TV a cabo não era tão popular à época.
Explico: lembro do Flu 3 x 1 Fla no qual meu irmão gritava “SAI, SAI, SAI” e fazia figa quando era ataque do Flamengo. E meu tio Paulo, que era um cara calmo, chegou a perder o controle.
https://youtu.be/fKLCKE0WlHI
Receoso de que usássemos o mesmo expediente, meu tio tirou cinquenta reais da pochete (ainda se usava pochete e cinquenta reais era cinquenta reais) e determinou: “Vocês irão ao jogo!”
E fomos. Um jogo eletrizante, no qual sempre corremos atrás do placar e de forma heróica viramos. O grande momento de Rogerinho com o manto tricolor. Fluzão 4 a 3.
Voltamos à Santa Teresa. Tio Zeca está lá, para aturar a zoação, até porque morava na casa.
Mas e o tio Paulo? Este voltou para casa antes mesmo de acabar o jogo, de forma a evitar o inevitável.
Meu avô não está mais aqui, assim como tio Paulo e tio Zeca.
Mas é uma lembrança de 25 anos que volta à memória neste momento de quarentena.
Como o Flu faz parte de minha história e de inesquecíveis momentos!
Agora é aguardar o que vem pela frente. E que venha logo, com todos salvos!
Saudações
Sempre
Tricolores
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M V Scalercio