O campeonato brasileiro acabou, algumas especulações sobre idas e vidas de jogadores estão se confirmando, outras ainda são incógnitas.

Acontece que na noite de hoje para amanhã, os olhares do mundo, e até os nossos, amantes do futebol, estão voltados para a noite de Natal.

O fim de dezembro é marcado por diversas comemorações e confraternizações.

Pensemos no sentido humano desta noite e dos festejos.

Sempre falamos e criticamos os salários megalomaníacos dos jogadores (e por vezes, fazemos isso com razão e propriedade).

Entretanto, peguei-me pensando por um outro ângulo.

O dinheiro que eles recebem, compra o que talvez possa lhes faltar na noite de Natal?

Dezembro é um mês melancólico e que nos reporta aos acontecimentos do ano que se finda.

Com todo o salario requintado que lhes é oferecido, será que o essencial não pode lhes faltar? Sim, pode. Pode faltar aos jogadores que ganham muito, quanto ao assalariado que sobrevive com tão pouco.

Quando Neymar se machucou e teve que sair da copa do mundo de 2014, muitos o olharam como o menino que ganha milhões, e que não precisava sofrer como parecia estar sendo.

Nunca fui grande admiradora do Neymar. Mas confesso que no episódio da Copa do Mundo de 2014, eu chorei.

Chorei pensando em um sonho de um menino que estava desmoronando (mal sabíamos do desastre que viria logo após, o tal de 7 x 1).

Naquele momento, ele estava se classificando com a Seleção e deixando um sonho, o de ser artilheiro da Copa em seu País.

Tenho quase certeza de que se Neymar pudesse pagar para jogar aqueles últimos jogos, podendo ser a estrela da Copa aqui no Brasil, ele o faria.

Mas o dinheiro não devolve a saúde, ele ameniza dores.

Pensemos nos jogadores e em nós, como seres humanos, que independente do que temos ou ganhamos, somos absolutamente iguais.

As dores, a saudade, o sentimento, a família, o encontro, as lembranças, são algo que vem para todos, independente da conta bancária.

Desejo uma noite feliz de verdade para todos os leitores.

Que seja uma felicidade onde os autores da própria sejamos nós mesmos.

Que valorizemos o que não tem preço e que possamos olhar para o lado e agradecer por estarmos vivos.

Pensemos em quem não tem o que comemorar esta noite.

Com certeza existem torcedores do Fluminense carentes e necessitados nas ruas, enquanto outros compram desenfreadamente e enchem a mesa com comidas.

Termino com duas cenas, vistas na rede social do argentino amado do meu coração, Conca, onde uma ele está com seu filho, festejando em um desses festejos de dezembro, e a outra, da humanidade mostrada, tentando levar um momento feliz aos que necessitam de afeto.

Mencionei o Conca, pois sabemos o quanto ele ganha e já ganhou, e sempre mostrou dar valor a família, demonstrando ser simples por gestos que nem faz questão que sejam divulgados na maioria das vezes.

Feliz Natal Conca,
Feliz Natal Torcedor,
Feliz Natal PANORAMA.

ST

Panorama Tricolor

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