Opa, você leu certo: é o enganador de serpentes mesmo, não encantador de serpentes, aquele que, com o tempo, ganha o respeito do réptil rastejante que é rápido, sagaz e mortal.

O que temos visto no Fluminense, muitas vezes em algumas coletivas programadas, ou com registros pré estabelecidos de perguntas, é a busca de uma narrativa para enganar essas serpentes que podem ser muito venenosas no período eleitoral, que somos nós, os sócios e torcedores do Fluminense.

É claro que o enganador de serpentes pode até ter sido um encantador no passado, porém com o tempo a própria cobra já não se credibiliza diante daquele que busca controlar de maneira tão sorrateira, desviando a sua atenção e sequer consegue fitar os seus próprios olhos. Ou seja, o enganador de serpentes não vê a cobra como uma cobra, mas como um rato a ser subjugado e morto.

Acredito que todos nós que queremos a mudança do Fluminense devemos manter uma discussão em alto nível, sem agressões, sem questões que caminhem para o campo pessoal, o que não impede de termos firmes cobranças, ironias e questionamentos diretos sobre os reais indícios de práticas não adequadas.

A escolha do futuro mandatário do Fluminense logicamente deve ser pelo campo democrático, ampliando ao máximo a participação daqueles que têm direito de votar, e não enganando com as práticas de encanto justamente aqueles que têm mais do que o direito de escolher o futuro do seu clube, mas fundamentalmente algo subsidiado por uma nova legislação, que é a Lei Pelé.

Agora surgem, para os enganadores, um novo encanto que é a chamada de “bancos” feita repentina e oportunisticamente para criar uma cortina de fumaça, ou um ato diversionista sobre cobrança que acontecerá em relação ao tema de futuro de ir ou não ir para uma SAF. Avocar, porém, o nome de instituições financeiras para aqueles que gostam de ser enganados funciona como mais grande encanto em forma de flauta desafinada denominada “estudos”.

Particularmente, antes de qualquer modelagem de consultoria e banco o Fluminense tem que fazer o seu dever de casa! Ter uma empresa de auditora de nome reconhecido, padrão Big Four, e deixar muito claro para o mercado sua situação, seus números, suas realidades e principalmente colocar seus provisionamentos em balanços em relação a ações judiciais que existiam e que estão surgindo numa velocidade muito grande (e até estranha), principalmente dos contratos firmados com jogadores em longo prazo, as eventuais comissões e potenciais direitos que se tenha de revendas de atletas.

O encantador de serpentes traz um fascínio! O enganador de serpentes traz a repulsa! Inclusive que pode ser fatal para si próprio, pois a cobra não está aí para ser enganada.