Algumas considerações:
1) É direito do jogador receber do clube seus salários em dia, independentemente das cifras envolvidas;
2) O clube passa por um momento extremamente delicado do ponto de vista econômico, agravado pelo seu péssimo segundo semestre esportivo de 2017. O jogador sempre soube da situação;
3) A pressa em ocupar a lacuna de ídolo deixada por Fred alçou Scarpa – por decreto – a um patamar superlativo em termos de Fluminense, exagerado e indevido por sinal;
4) O ápice deste exagero foi revelado na partida contra o Bahia, quando o jogador se recusou a comemorar o gol de empate por não aceitar vaias, num momento crucial para que o Fluminense não sofresse ameaça de rebaixamento. Esta partida e a derrota para o Sport, a seguir, foram dois verdadeiros castigos para o torcedor do Fluminense, sendo obrigado a testemunhar em campo um misto de incompetência com evidente má vontade de vários jogadores. Torcida não é plateia passiva, nem claque;
5) É dever dos dirigentes do clube lutar em todas as esferas para que o Fluminense não tenha prejuízos econômicos em decorrência do processo movido pelo jogador;
6) O Fluminense honrou o acordo com o jogador, pagando todos os seus atrasados. A resposta foi sua incomunicabilidade e a não apresentação para a disputa da Florida Cup;
7) Que fiquem a lição e a reflexão para a nossa torcida, especialmente sobre idolatrias precoces e arroubos, muitas vezes motivados por parlapatões da internet. Problemas a respeito de contatos e discussões a respeito já aconteceram com alguns dos maiores ídolos de toda a história do clube, quanto mais com jogadores comuns. O futebol é profissional, sem dúvidas, mas a ética deve permear todas as relações humanas. Ou, ao menos, deveria;
8) A mesma ética que faltou ao Fluminense no caso Cavalieri, também faltou ao jogador no episódio aqui relatado;
9) Com ou sem o jogador, o Fluminense começa um 2018 opaco, desmotivador e a torcida conta apenas com a incrível e eterna vocação tricolor em desafiar definições. E só;
10) Que seja encontrada imediatamente a saída menos lesiva ao Fluminense.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#JuntosPeloFlu
Imagem: pan
Minha opinião:
Mesmo que se apresente para o “trabalho”, o Flu deveria mantê-lo em separado e na geladeira, vai perder dinheiro pagando o salário em dia e os “agentes” que corram atrás de algum clube para pagar a multa rescisória, o Flu terá algum prejuízo técnico e financeiro , mas jogador que não joga, fica sem visibilidade e o contrato dele vaia até 2020, ficar sem jogar até lá será de difícil recuperação para ele.
ST
É isso mesmo. Agora, a despeito de tudo o que passamos, eu, aos 64 anos como tricolor, como foi bom ver uma nova geração de garotos sob o comando do Abel. Pena que o futebol é tudo prá ontem. Ninguém tem mais paciência prá nada. Abraços.
Scarpa cuspiu no prato em que comeu, mas é injustificável a diretoria atrasar salários e tributos. A Flusocio está fazendo o Fluminense voltar à década de 1990.