A saída do Renato Gaúcho urgia. Não fez um bom trabalho. Muitos dizem que ele não é técnico. Poderia ser. É inteligente, viveu muito o mundo da bola, mas se perde na autossuficiência, na falta de humildade. Sempre passa um ar de “sabe-tudo”. Não posso afirmar com certeza, mas acho que não estuda futebol. É fundamental trabalhar a teoria, ver jogos, adversários, respirar a profissão “vinte e quatro por sete”.
Quanto ao novo técnico, vejo-o do lado oposto. É humilde e me passa a sensação de ser muito trabalhador. No entanto, o grupo tricolor não é fácil. Tenho a impressão de que perdeu o interesse pelas conquistas. Muitos times inferiores tecnicamente estão em melhor situação porque vão à bola como se fosse o último pedaço de picanha do churrasco. O Fluminense está enfastiado. Será que o Cristóvão vai conseguir reanimar a turma?
Outro dia, conversando com meu amigo Cezar Motta, ele me fez um questionamento, que, no fundo, é uma afirmação:
“Que tal o Cristóvão? Eu gosto dele, mas temo que se perca na bagunça que é o Flu. Vai depender muito de os jogadores comprarem o barulho, não acha?”.
Exatamente o que penso.
Supervalorizamos os “professores”. Nem tudo depende deles. Inclusive, a maior parte da responsabilidade pela derrocada, de 2013 para cá, é dos jogadores e da administração. Do presidente para baixo. É complicado quando a crise se alastra por todos os lados: dentro do campo, nos vestiários e nos corredores. Espero que essa mudança seja a primeira de muitas e que, assim, a rota comece a ser corrigida. Venho batendo nessa tecla desde o Lusagate: o ano de 2014 será um dos mais difíceis na história tricolor. Principalmente depois que começar o Brasileiro. Se começar.
Sóbis
Sóbis por Rodriguinho? O Corinthians está de brincadeira, né? Ao contrário de muita gente, eu não gostaria de ver o Rafael Sóbis fora do Fluminense. Concordo que está numa fase muito ruim, mas quase todos estão. Para o Brasileiro, é fundamental ter peças de reposição com qualidade. Não podemos esperar que Marcos Júnior dê conta do recado na hora que a coisa apertar.
Horizonte
Esse jogo tomou ares dramáticos. Mesmo não acreditando que o Fluminense tenha condições de título, uma desclassificação, nesse contexto, seria um tremendo combustível para a crise. E, no momento, seria tudo de que não se precisa. Chega de dar manchete para quem quer ver o circo pegando fogo com os bombeiros em greve.
Carioca
Espero que, caso o Flamengo seja campeão, não se esqueça da tragédia que foi esse estadual e o campeonato não se transforme na oitava maravilha do mundo.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Revisão preliminar: Rosa Jácome
Imagem: http://archive.wired.com/
Mauro, penso dessa forma tb: não gosto de pensar no Sóbis fora do Flu. Ao contrário de muitos ali, ele deu sangue e se esforçou (mais do que uns badalados aí)