Nós somos campeões (por Paulo Rocha)

PAULO ROCHA

Há pouco mais de uma semana, a mídia parecia se divertir com a briga entre Fred e Levir Culpi. Dançava sobre a carniça da provável saída do atacante das Laranjeiras, tentava transformar o Fluminense, mais uma vez, em um vilão que merecia ser punido. A derrota para o Vasco – que sequer foi transmitida pela mais famosa rede de televisão aberta em detrimento a um triste episódio “político-circense” – reforçou ainda mais a ideia de que o Tricolor estava fadado ao desastre. Mas essa nefasta mídia se enganou. Tal qual versa uma música entoada nas arquibancadas, o Fluminense é grande. Seu lema é vencer ou vencer.

A noite de quarta-feira foi inesquecível. Marcada tanto pela conquista quanto pelo abraço e o grito de meu filho de sete anos após o gol de Marcos Júnior. Garanto que, mesmo daqui a muito tempo, quando for adulto, ele lembrará com carinho do primeiro título que pudemos saborear juntos. Afinal, em 2010 e 2012, ele ainda era muito pequeno, embora já envergasse com estilo o manto das três cores que traduzem tradição.

Além da mídia tendenciosa, que precisa puxar o saco das massas para continuar mascarando de entretenimento aquilo que ele tenta exercer como domínio da verdade absoluta, é importante fazer descer pela garganta de dois crápulas o gosto, para eles amargo, da nossa conquista. Não podemos nos esquecer do Petraglia, o déspota que em 1996 mandou seu time abrir as pernas para rebaixar o Fluminense. Nem do Vinícius, o cara que gosta de ir a boates mesmo de muletas. Deixo de fora o Walter; deste, eu gosto. Ou melhor, mesmo sendo nosso algoz em algumas ocasiões, ele sabe (e curte) o que representa a grandeza tricolor.

Ora, mas que coluna é essa, que fala na conquista de um título e gasta tantas linhas proferindo rancores? Peço aos leitores deste espaço que me perdoem, mas estava engasgado com tanta babaquice disfarçada de moral. Aos invejosos, dedico o meu desprezo. O Fluminense é muito, mas muito maior que todos vocês. A taça de Primeira Liga vai para o lugar certo, para o salão de troféus que une a vitória ao pioneirismo, a glória ao sentimento de amor de uma imensa
torcida. Obrigado Levir Culpi, obrigado Peter, obrigado Marcos Júnior, muito obrigado a todos que ajudaram a escrever mais uma página épica e inesquecível da história do futebol brasileiro.

Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe Nense, nós somos campeões!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paroc

1 Comments

Comments are closed.