Perder o jogo, a invencibilidade e a terceira posição na tabela do Campeonato Brasileiro não deixou nenhum torcedor do Fluminense feliz. Muito pelo contrário, ainda mais da forma que o revés aconteceu. Mas a derrota para o Internacional, por mais paradoxal que possa parecer, talvez tenha acontecido na hora certa.
A atuação apática no Beira-Rio nos faz constatar algumas coisas que os resultados, até então, vinham encobrindo. Nem sempre Fernando Diniz acerta em suas escolhas; normal, é humano e ainda está se firmando na condição de grande treinador. Não é possível querer que o time mude de postura no intervalo colocando Felipe Melo no lugar de Manoel.
Aliás, Felipe Melo, até pela sua idade, não é solução para nenhum problema. Eventualmente, conforme as circunstâncias, pode até ajudar, mas não deve ser tratado como o cara que vai mudar o jogo. Os dois gols que o Inter fez na reta final, inclusive, podem ser creditados na sua conta.
Outra coisa: Caio Paulista já deu o que tinha que dar na lateral esquerda, concordam? Tudo bem que as outras opções de que dispomos para a posição não são de encher os olhos, mas Cris Silva poderia ganhar uma nova chance. Não me esqueço das finais do Carioca, quando ele correspondeu e foi uma figura importante na conquista do título.
Nesta quarta-feira, contra o Fortaleza, não podemos nos dar ao luxo de repetir a pífia atuação na noite de domingo. Que a porrada que tomamos no Sul sirva como aprendizado, como lição para o Fluminense entrar a todo vapor e garantir a vaga na semifinal da Copa do Brasil. A torcida estará lá, em peso. É o título que podemos conquistar para fechar o ano em grande estilo.
A partida deve ser encarada com a máxima seriedade. A vantagem é pequena. Ou alguém já se esqueceu de 2014, diante do América-RN, a quem vencemos por 3 a 0 em Natal e nos eliminou fazendo 5 a 2 em pleno Maracanã – contra um time que tinha Fred, Conca e o escambau?
Que o Fluminense volte a ser nesta noite o time que nos tem orgulhado na temporada. Que haja atitude, imposição e o devido respeito ao adversário. Que Diniz consiga não deixar a peteca cair. A classificação é de vital importância para o clube. E ela não pode escapar.