Só para tumultuar

Ah, Walter, para! Necessidade de dar munição para quem já está com a arma na mão? Antes do início do Brasileirão, pode até ser que o Walter merecesse ser titular mais do que o Rafael Sóbis, mas a sequência de jogos, incluindo os da Copa do Brasil, provou que o Cristóvão Borges está certo. Sóbis está arrebentando, juntamente com Conca, Fred e, pasmem, Bruno, que tem sido um dos destaques dessa boa “mini campanha”. Então, camarada, cala essa boca e para de tumultuar. Em lugar algum, está escrito que você é titular.

Vamos acordar

Guiñazu, Willians, Amaral. Incrível como tem gente que gosta de jogador assim. O investimento nesse estilo é um dos responsáveis pela queda de qualidade do futebol brasileiro. Esses caras tocam mais no adversário do que na bola.

Há tempos, o mundo abandonou essa característica e optou por quem sabe jogar. Inclusive, a dupla de volantes marcadores foi substituída por um que faz a contenção, sem ser faltoso, e outro que vai e vem: os chamados “box-to-box”. Essa formação permite que o jogo flua, ficando mais bonito de se ver. No entanto, essa opção depende, fundamentalmente, dos técnicos. Mas enquanto houver “professores” que têm preferência pelo paradigma de “não deixar jogar” ou que enchem a boca para dizer que não gostam de assistir a outras partidas de futebol, é ladeira abaixo.

Acho que só vamos perceber a decadência quando houver alguma situação trágica: não classificação para uma Copa do Mundo, todos os times brasileiros desclassificados na primeira fase de uma Libertadores, sei lá, algo assim.

Brasileirão

Levir Culpi colocou a faca no pescoço da moçada do Atlético Mineiro. Ou jogam, ou… O Galo 2014 é o Fluminense de 2013? Ou seja, depois de um ano glorioso, embarcou numa nau a pique?

Ouvi na Rádio Globo que o time rubro-negro faturou R$ 324.307,89 no jogo contra o Goiás no Mané Garrincha. A renda foi de R$ 1.144.515,000 e 19.012 pagantes. Lucro aproximado de 28% da arrecadação total. Segundo apurou o repórter Cláudio Perrout, caso o jogo tivesse sido no Maracanã, o faturamento seria em torno de R$ 80 mil (7%). Luiz Penido e Eraldo Leite contestaram, mas a informação foi dada por gente de dentro do clube. Navegando pelos números, no jogo contra o Figueirense, 31.173 pagantes proporcionaram, ao Fluminense, uma renda de R$ 385.535,00 e um lucro de R$ 118.427,39 (30%). Enfim, com qualquer um desses percentuais é difícil sobreviver.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Revisão preliminar: Rosa Jácome

Foto: globoesporte.com